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– 17-01-2011 |
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Produtores de citrinos do Algarve em dificuldades devido a quebra no consumo
Uma produ��o superior � do �ltimo ano e uma quebra no consumo está a provocar uma redu��o de pre�os e a deixar os produtores de citrinos algarvios com dificuldades em cobrir os custos de produ��o. Esta campanha de inverno �não vai ser f�cil� e os produtores estáo numa situa��o "muito complicada� devido ao �consumo baixo, quer a nível. interno quer ao nível. das exporta��es�, observou Pedro Madeira, gerente da sociedade Frutas do Sotavento do Algarve (Frusoal), em declarações � Lusa. O gerente da Frusoal, que conta com cerca de 100 trabalhadores e 150 s�cios, explicou que a redu��o do consumo fez cair os pre�os, colocando-os ao nível. dos praticados na temporada de 2008/09, que qualificou como �ruinosa� e na qual o quilograma era vendido abaixo dos 15 c�ntimos. �A produ��o de 2009/10 j� deu para perspectivar a actividade a m�dio prazo, e o pre�o m�dio praticado cifra-se entre os 25 e os 27 c�ntimos por quilo�, acrescentou, frisando que menos 10 c�ntimos fazem �a diferen�a entre a viabilidade e a inviabilidade� no sector dos citrinos. Pedro Madeira, que obt�m uma produ��o anual entre as 22 e as 26 mil toneladas e um volume de neg�cios a rondar os 11 milhões de euros, sublinhou que os pre�os actualmente praticados �não permitem suportar o custo do diferencial de transporte entre Portugal e Val�ncia (Espanha) para exportar para os países do centro da Europa�, mercados onde �os espanh�is estáo em vantagem por estarem mais perto�. Aquele produtor lamenta que o pre�o da laranja j� custe 15 c�ntimos por cada quilo desde 2008/09 e estima que a tend�ncia s� será invertida se a produ��o das campanhas de primavera e ver�o for menor, �reduzindo a oferta e aumentando o pre�o�. Também Hor�cio Ferreira, director geral da Cooperativa Agr�cola de Citricultores do Algarve (CACIAL), está preocupado com a possibilidade os s�cios não conseguirem cobrir os custos de produ��o nesta campanha. �A campanha está com mais fruta em quilogramas do que no ano passado e os pre�os estáo mais baixos, pelo que os agricultores podem não conseguir fazer frente aos custos que t�m�, afirmou. Hor�cio Ferreira frisou que �o consumo Também baixou� e os cerca de 100 s�cios da CACIAL s� estáo a conseguir escoar o produto porque estáo �a exportar mais�. �não d� para ter mais valias, mas pelo menos consegue-se fazer sair o produto para ver se os custos de produ��o são cobertos�, acrescentou, reconhecendo Também que a dist�ncia entre o Algarve e Val�ncia, �a catedral do transporte de citrinos� para a Europa, � mais �um factor penalizante�. �não h� d�vida de que o transporte sempre foi penalizante, porque estamos a um dia de viagem de Val�ncia e temos a concorr�ncia de Espanha, que consegue ir para os mercados de destino com valores mais baixos�, disse o director geral da CACIAL, que produz anualmente 22 mil toneladas, tem um volume de neg�cios de oito milhões de euros e emprega mais de 150 pessoas. Fonte: Lusa
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