Entidades portuguesas e espanholas organizam a partir de sábado a primeira Semana Ibérica sobre Espécies Invasoras, para, através de mais de 130 ações, sensibilizar a população para a quinta maior ameaça à biodiversidade mundial.
A iniciativa, explica-se num comunicado hoje divulgado pela Sociedade Portuguesa de Ecologia, é organizada pela Rede Portuguesa de Estudo e Gestão de Espécies Invasoras – Rede InvECO, a plataforma Invasoras.pt, e os projetos ibéricos Life Stop Cortaderia e Life Invasaqua.
O evento, que decorre até 06 de junho, tem a participação de mais de uma centena de entidades, públicas e privadas, de associações a grupos informais, a autarquias ou instituições de ensino superior.
Os organizadores notam que as espécies invasoras são uma das maiores ameaças à biodiversidade a nível global, embora “grande parte dos cidadãos desconheça esta ameaça ambiental”.
Em Portugal estão listadas mais de 300 espécies exóticas invasoras, entre plantas e animais. Espanha define mais de 190 espécies que são ou podem vir a ser uma ameaça para as espécies nativas, ecossistemas, agronomia ou recursos económicos associados ao património natural.
No comunicado explica-se ainda que as atividades durante a semana incluem ações no terreno de controlo de espécies invasoras, palestras, workshops, percursos pedestres para mapeamento de espécies invasoras, exposições, ou campanhas nas redes sociais. Parte das ações acontece ‘online’.
Exemplos de espécies invasoras são as acácias, a erva-das-pampas, o jacinto-de-água, a vespa-asiática ou o lagostim-vermelho-da-Louisiana.
Além de promoverem outros impactes significativos a nível ambiental, assim como a nível socioeconómico, um estudo recente publicado na revista Nature aponta para impactes económicos que atingiram 162.7 biliões de dólares em 2017, diz-se no comunicado.
Ao promover a semana “os organizadores esperam aumentar a visibilidade desta temática ambiental junto do público em geral, mas também dos principais atores que lidam com estas espécies a nível profissional e político”, afirmam as organizações responsáveis.