A mais recente atualização ao índice de referência para os preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), salta à vista devido a um registo impressionante. Nunca este indicador esteve tão alto, tendo chegado, em fevereiro, aos 140,7 pontos, uma subida de 3,9% face a janeiro.
Em termos homólogos, este indicador subiu 20,7% face a 2021, encontrando-se agora 3,1 pontos acima do valor atingido em 2011, sendo que as categorias mais penalizadas são óleos vegetais e produtos lácteos.
Relativamente aos óleos vegetais, a categoria liderou o aumento, subindo 8,5% face ao mês anterior e atingindo um novo recorde, agora impulsionado, de forma clara, pelo aumento dos preços dos óleos de palma, soja e girassol.
Relativamente a aumentos, destaque para o segundo lugar dos produtos lácteos, cujo índice de preços se situou 6,4% acima do valor atingido em janeiro, número que se explica pelos fornecimentos de leite mais baixos do que o esperado na Europa Ocidental e Oceânia.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.