Após os incêndios de Pedrógão, anunciaram-se medidas para a floresta, mas não tem sido feita a necessária reforma estrutural. Conheça as posições de Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN e de Luís Mira, secretário-geral da CAP.
Luís Mira, secretário-geral da CAP
Portugal não está, infelizmente, a seguir uma nova política florestal. Nada de significativo mudou na sequência dos incêndios de Pedrógão, pelo menos, não para melhor. Mantém-se a falta de investimento na profissionalização do combate aos incêndios e no plano nacional de formação para este efeito. Continua a falta de interligação entre as estruturas públicas de base e as organizações no terreno, e permanece a falta de cadastro Florestal a Norte do Tejo.
Pelo contrário, podemos identificar um conjunto de aspetos negativos nos últimos anos, designadamente, menos investimento produtivo na floresta, a acentuação de uma política florestal conservacionista, em detrimento da orientação para a produção, assim como concursos com pouca área de abrangência territorial, sem refletir a realidade dos vários sistemas silvícolas portugueses. Verifica-se ainda um aumento das proibições de novas áreas de eucalipto, da complexidade burocrática no licenciamento de novas áreas […]