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– 02-04-2013 |
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Portugal � excedent�rio em vinho e conservas e fortemente dependente da importa��o de cereais
Portugal produz vinho e conservas de peixe suficientes para satisfazer o consumo interno, mas está fortemente dependente da importa��o de cereais e oleaginosas, revela um estudo do Instituto Nacional de Estatéstica (INE) sobre o abastecimento alimentar. Entre 2006 e 2010, período a que se reporta o estudo, Portugal atingiu um grau de auto-sufici�ncia alimentar de 81% em valor no que diz respeito a produtos da agricultura e pesca e da ind�stria alimentar e bebidas. O valor m�dio anual da produ��o agr�cola foi de 7 mil milhões de euros, crescendo a uma taxa média de 1,2% ao ano. O vinho e o azeite representam cerca de um quarto do valor total da produ��o (1.748 milhões de euros), seguindo-se a pecu�ria com uma média anual de 1.636 milhões de euros, enquanto os produtos hort�colas se destacaram a nível. do crescimento do valor da produ��o (6,2% ao ano), representando 462 milhões de euros em 2010. O azeite, os ovos, os animais vivos, os produtos hort�colas e os frutos frescos estáo próximos da auto-sufici�ncia, enquanto o vinho e as conservas de peixe estáo acima dos 100%, o que significa que a quantidade produzida satisfaz totalmente a procura interna. Os produtos de pesca satisfazem 82% da procura, mas no que diz respeito aos alimentos processados (congelados, secos e salgados) o grau de auto-sufici�ncia � inferior a 47%. Também o sector das bebidas teve um crescimento sustentado neste período, atingindo os 96% em 2010, mas Portugal s� � auto-suficiente em cerveja e �gua mineral, estando fortemente dependente de importa��es de outras bebidas não alco�licas (incluindo refrigerantes) e outras bebidas alco�licas. Pelo contrário, a elevada depend�ncia externa dos cereais e das oleaginosas � comprovada pelas importa��es que representam 42,4% do valor global das importa��es agr�colas. O INE salienta que esta depend�ncia tem tido uma tend�ncia de agravamento, com as importa��es a aumentarem, em média 10,3 e 12% ao ano, para os cereais e as oleaginosas, respectivamente. Segundo o INE, no caso dos cereais "a produ��o nacional � pouco competitiva no sequeiro, mas tem margem de progressão no regadio, particularmente para a cultura do milho". J� no caso das oleaginosas, "a situa��o altamente deficit�ria dificilmente será corrigida", uma vez que as condi��es clim�ticas não favorecem a produ��o das principais oleaginosas (soja e colza). Fonte: Lusa
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