A votação do Parlamento europeu do passado dia 7 de fevereiro, a favor da utilização de certas novas técnicas genómicas (NTG) constitui um avanço significativo para a inovação no melhoramento vegetal e consequentemente para a sustentabilidade agrícola na Europa. O Parlamento Europeu votou a favor da proposta para as Novas Técnicas Genómicas (NTG) com 307 votos a favor, 263 contra e 41 abstenções.
A votação no plenário revela um apoio à adoção destas tecnologias, reconhecendo o seu potencial para revolucionar as práticas agrícolas, garantindo ao mesmo tempo a segurança alimentar e a sustentabilidade ambiental.
As novas técnicas genómicas oferecem uma vasta gama de soluções, incluindo maior resiliência das culturas, melhor conteúdo nutricional e redução do impacto ambiental, proporcionando aos agricultores europeus ferramentas adequadas, contribuindo para a competitividade agrícola e a segurança alimentar.
Apesar deste marco crucial, o destino da proposta cabe agora ao Conselho da União Europeia. O endosso do Conselho é essencial para garantir a aprovação atempada da proposta sobre as novas técnicas genómicas; pelo contrário, uma eventual falha em garantir a aprovação durante este mandato causaria ainda mais atrasos, prejudicando a capacidade da Europa de aproveitar todo o potencial destas tecnologias transformadoras.
Após a votação, a relatora Jessica Polfjärd do relatório da Comissaõ do Ambiente (COMENVI) afirmou: «As NGT são cruciais para reforçar a segurança alimentar da Europa e para tornar a nossa produção agrícola mais ecológica. As novas regras permitirão o desenvolvimento de variedades de plantas melhoradas que possam garantir rendimentos mais elevados, sejam resistentes ao clima ou que exijam menos fertilizantes e pesticidas. Espero que os estados-membros adotem em breve a sua posição para que possamos adotar as novas regras antes das eleições europeias e dar aos agricultores as ferramentas de que necessitam para a transição verde.»
O artigo foi publicado originalmente em ANSEME.