A Comunidade Europeia estabeleceu o compromisso de alcançar coletivamente a neutralidade climática nos setores do uso dos solos, das florestas e da agricultura em 2035.
Em linha com esta necessidade, reuniram-se hoje, na Estação Experimental António Teixeira em Coruche, as entidades parceiras do projeto PRR Pegada 4.0 – Sustentabilidade da Atividade Agrícola Suportada por Processos e Tecnologias Inteligentes, coordenado pela Universidade de Évora.
Um projeto que visa avaliar as pegadas climática, hídrica, de poluição difusa, de paisagem e de biodiversidade de distintos empresários agrícolas com sistemas produtivos associados aos cereais, hortícolas e horto-industriais; estudar, desenvolver e validar as tecnologias e soluções digitais no âmbito da Agricultura 4.0 mais adequadas para reduzir tais pegadas; e, naturalmente, a transferência de conhecimentos.
O objetivo da reunião passou, não só pela apresentação dos resultados obtidos até ao momento ao nível da quantificação da emissão de CO2 das diferentes explorações em estudo, mas também pela discussão dos aspetos que influenciam o nível de emissões, e da importância de rever o tipo de fatores de produção utilizados que conduzem a menores emissões.
Segundo José Rafael Marques da Silva, da Universidade de Évora, entidade coordenadora, «a quantificação das emissões de CO2 é um ponto de partida. Temos de ser capazes de retirar conclusões ao nível da eficiência do uso dos recursos e, também, casar esta problemática com a componente da biodiversidade. A emissão de carbono não pode ser dissociada da promoção de serviços dos ecossistemas. Estamos perante uma oportunidade de rever o modo como produzimos e que fatores de produção escolhemos».
E da discussão resultou, efetivamente, a importância do balanço do azoto e o tipo de fertilizantes utilizados, da agricultura de conservação e das áreas de foco ecológico promotoras dos serviços do ecossistema; da utilização de novas tecnologias; da literacia sobre todos os conceitos que envolvem a problemática; e da componente da comunicação, não só dentro do setor, mas também para um público mais vasto.
Todas estes aspetos vão agora ser avaliados para uma maior integração entre as várias atividades do projeto e maior recolha de informação, tendo em vista o aumento do potencial e utilidade do projeto.
Mais um sinal de que o setor agrícola está atento e a trabalhar ativamente na procura de soluções face aos desafios que se apresentam num horizonte muito curto.
Recordamos que este projecto mobiliza 27 parceiros e teve início no dia 01/10/2022 e termina em 30/09/2025.
Parceiros do projeto:
- Universidade de Évora
- Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P.
- Agro-Vale Longo, Lda.
- Agroinsider, Lda.
- ANPOC
- ANPROMIS
- Azevinho Campestre
- Carrilha de Palma – Sociedade Agrícola, Lda.
- Conqueiros Invest, Lda.
- Egocultum Unipessoal, Lda.
- FJ Campino Unipessoal
- Instituto Politécnico de Beja
- Instituto Politécnico de Santarém
- Instituto Superior de Agronomia
- João Rodrigo Mendes
- Mencoca Agricultura, Lda.
- Quinta da Cholda SA
- Romano Colaço Unipessoal
- Rumiagro Sociedade Unipessoal, Lda.
- Sociedade Agrícola Barrada Oriental, Lda.
- Sociedade Agrícola Courela da Figueira
- Sociedade Agrícola da Herdade de Torre de Curvo, Lda.
- Sociedade Agrícola da Herdade do Pigeiro, Lda.
- Sociedade Agrícola do Ameixial, SA
- Torre das Figueiras, Sociedade Agrícola, Lda.
- Universidade de Coimbra
- InovTechAgro – Centro Nacional de Competências para a Inovação Tecnológica do Sector Agroflorestal
Fonte: ANPROMIS