Barragens recuperaram capacidade com as chuvas de novembro e dezembro, mas é preciso saber gerir os recursos disponíveis até porque há território que ainda continua em situação de seca meteorológica
Quando se consulta o índice meteorológico de seca (PDSI) do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a mensagem apresentada é em tudo diferente da apresentada em setembro, quando o mapa estava totalmente castanho. Depois das chuvas dos últimos meses, “toda a região Norte e Centro já não se encontra em seca meteorológica, verificando-se mesmo no litoral Norte e Centro um aumento da intensidade das classes de chuva”.
De acordo com o mesmo índice PDSI, no final de novembro, “verifica-se que apenas a região Sul se mantém em situação de seca meteorológica (28 % do território), sendo de realçar o interior do Baixo Alentejo e o sotavento Algarvio, ainda em seca severa”, lê-se ainda no site do IPMA.
Mas, quererá isso dizer que choveu o suficiente para estarmos descansados no que a chuva diz respeito? José Pimenta Machado, vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em declarações à TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal), após a apresentação para jornalistas que a APA fez em Lisboa, sobre a gestão dos recursos hídricos, revelou que “as chuvas das últimas semanas, em particular de dezembro e de novembro, permitiram fazer uma ótima recuperação num grande número de barragens” e essa recuperação deixou Portugal “mais confortável” ao nível das barragens.
“O Alqueva encaixou mais de 700 hectómetros cúbicos, é muito relevante, recuperou cerca de quatro metros. Mas também as barragens do Zêzere, em particular Castelo de Bode, que fez uma ocupação notável, mais de dez […]