Quando escrevi o último artigo, fui surpreendida na manhã seguinte com o anúncio da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Lembro-me de ter sentido um calafrio no exato momento em que li as notícias e, de imediato, ter pensado que não iria ser uma guerra em tom suave.
Naquele momento, veio-me à cabeça que para além dos tanques, das armas, das mortes, das fugas, da destruição e de tudo o que uma guerra implica, iria fazer-se sentir uma crise alimentar.
Pensei isto não porque gostasse de cenários catastróficos, mas porque sempre me arrepiou a dependência que o mundo tem dos cereais.
E, tendo em conta como a produção cerealífera é dominada por alguns países entre eles a Rússia e a Ucrânia, logo me pus a adivinhar o sufoco em que poderemos cair.A guerra dos cereais
A verdade é que a base da alimentação mundial são os cereais e este conflito armado, ao qual se soma o contexto de seca extrema, cria dificuldades à fluidez que o mundo precisa para o abastecimento cerealífero.
É assim para o mundo inteiro pois, só a Rússia e a Ucrânia asseguram um terço da exportação mundial de cereais.
Não há como fugir a esta realidade que, para Portugal, assume contornos bem graves dada a inexistência de uma […]
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