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– 12-07-2005 |
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Oeste / Batata: Presidente da C�mara Lourinh� pede audi�ncia ministro AgriculturaLourinh�, 11 Jul Meia centena de produtores de batata deste concelho dirigiram-se hoje em viaturas agr�colas até � C�mara da Lourinh� onde entregaram ao autarca um documento destinado ao ministro da Agricultura, Jaime Silva, a quem pedem ajudas com vista ao escoamento do produto. "Vou pedir uma audi�ncia ao ministro da Agricultura porque entendo que o Governo deve ajudar esta gente a salvar-se", disse � Lusa o presidente da C�mara, Jos� Manuel Cust�dio. O autarca considerou que as preocupa��es com o escoamento do produto (os produtores alegam que devido aos baixos pre�os praticados pela concorr�ncia externa não conseguem escoar a batata) são leg�timas, acrescentando que "os outros países, nomeadamente a Espanha através das regi�es aut�nomas, apoiam os produtores locais que assim conseguem vender o produto a pre�os muito baixos". Jos� Cust�dio disse ainda que "até se encontrar uma nova forma de os agricultores se organizarem e virem a obter fundos do próximo quadro comunitário de apoio, o Governo deve apoi�-los porque correm o risco de desaparecer". Segundo o secret�rio-geral da Associa��o de Agricultores do Oeste, Feliz Jorge, que hoje promoveu a realiza��o de uma reuni�o de produtores (realizada em Moita dos Ferreiros, concelho da Lourinh�) e a entrega do documento ao autarca, foi decidido pedir para "fazer face �s dificuldades de escoamento uma ajuda (ao Governo) ao embalamento e promo��o no mercado interno e externo, e uma ajuda especial para operar nos mercados lus�fonos". "Os produtores não t�m hip�teses de, sem ajudas, vender a batata no mercado nacional que se encontra inundado de batata espanhola a pre�os que não são competitivos para os produtores porque não cobrem os custos de produ��o", afirmou o dirigente associativo. Por outro lado, acrescentou, "não � poss�vel exportar porque os produtores estrangeiros t�m ajudas conseguindo obter vantagens nos pre�os. Trata-se de uma questáo de pol�tica agr�cola onde os produtores não podem fazer mais nada dada a agressividade do mercado". Os produtores da zona Oeste, sobretudo os do concelho da Lourinh�, tinham Também h� cerca de um m�s planeado distribuir batata em Lisboa como forma de chamar a aten��o para as suas preocupa��es, mas o protesto foi anulado ap�s uma cadeia de supermercados ter aceitado entrar em negocia��es. Contudo, contou hoje Feliz Jorge, "o neg�cio (que pretendia escoar mil toneladas de batata) nunca se concretizou porque os pre�os não eram vi�veis para os produtores". "Pagavam 10 c�ntimos o quilo mas os custos do embalamento e transporte ficavam por conta dos agricultores, logo o valor a receber ca�a para os 07 ou 08 c�ntimos e esse � o custo de produ��o. Necessit�vamos que o Estado pagasse dois ou tr�s c�ntimos para conseguirmos escoar o produto", concretizou o dirigente associativo. Na altura em que a ac��o de rua esteve prevista, o gabinete do secret�rio de Estado Adjunto, da Agricultura e das Pescas emitiu um comunicado sustentando que "não compete ao Ministério da Agricultura Desenvolvimento Rural e das Pescas assegurar a comercializa��o ou garantir o escoamento dos produtos no mercado". O governo referia que "os agricultores j� possuem mecanismos de apoio �s organizações de produtores, nomeadamente apoios � criação de infra-estruturas que possibilitem um melhor armazenamento e embalamento do produto de modo a que este chegue ao consumidor nas melhores condi��es de qualidade".
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