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– 20-08-2012 |
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Num ano agr�cola fortemente marcado pela seca, a produ��o cereal�fera � a mais baixa desde 2005
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O m�s de Julho caracterizou-se, em termos meteorol�gicos, por valores de temperatura próximos dos normais para �poca. Relativamente � precipita��o, o m�s classificou-se como seco a extremamente seco em quase todo o territ�rio. Estas condi��es contribu�ram para a manuten��o da situa��o de seca meteorol�gica que, no final do m�s, colocavam 58% do territ�rio nacional em seca extrema e 26% em seca severa.
A aus�ncia prolongada de humidade nos solos come�a a afectar as culturas permanentes de sequeiro, que j� evidenciam ind�cios de stress h�drico, e tem obrigado ao aumento da frequ�ncia de rega nas culturas de regadio. Desta forma, o potencial produtivo das culturas de Primavera/Ver�o no actual ano agr�cola � ainda incerto.
Os trabalhos agr�colas da �poca, nomeadamente a realiza��o das ceifas dos cereais e o corte dos fenos, decorreram sem contratempos. Os alimentos forrageiros produzidos este ano j� estáo a complementar a alimenta��o animal. De referir que a situa��o de seca condicionou a reposi��o dos stocks de alimentos grosseiros (palhas, silagens e fenos), pelo que o impacto da seca poder� estender-se � pr�xima campanha, particularmente se não ocorrer precipita��o até ao in�cio do Outono.
A superf�cie de milho de regadio mant�m-se pr�xima dos 90 mil hectares
A superf�cie de milho para gr�o de regadio dever� ser id�ntica � de 2011, ficando pr�xima dos 90 mil hectares. O impulso proporcionado pelos novos regadios e pelas atractivas cota��es internacionais do milho foi atenuado pela redu��o das disponibilidades de �gua para rega nos regadios privados do Sul, levando muitos produtores a reduzirem as áreas ou mesmo a não efectuarem esta cultura, muito exigente em termos h�dricos As sementeiras decorreram com normalidade, ainda que com algum atraso, apresentando as plantas um bom desenvolvimento vegetativo.
Produtividades do milho de sequeiro e do arroz sem altera��o
O milho para gr�o de sequeiro apresenta um desenvolvimento vegetativo regular, tendo em conta os condicionalismos climatéricos, prevendo-se a manuten��o do rendimento unit�rio, face ao ano anterior. Também a produtividade do arroz dever� manter-se semelhante � do ano anterior, cerca de 5 855 kg/hectare.
Rendimentos unit�rios da batata de regadio baixam
O rendimento unit�rio da batata de regadio dever� decrescer (-5%), justificado sobretudo pela menor disponibilidade h�drica ao longo do seu ciclo vegetativo. De referir que a instabilidade meteorol�gica tem favorecido o desenvolvimento de doen�as criptog�micas na batata, o que se traduz no aumento do n�mero de tratamentos preventivos a efectuar e no respectivo acr�scimo dos encargos.
Produtividade do tomate para a ind�stria acima das 82 toneladas/hectare
Ap�s o mau ano de 2011, as perspectivas para a actual campanha do tomate para a ind�stria afiguram-se animadoras. As plantas apresentam um desenvolvimento regular e, exceptuando casos pontuais de ataques do v�rus do bronzeamento do tomateiro, não foram assinalados problemas fitossanit�rios de relevo. Assim, prev�-se que o rendimento unit�rio seja superior a 82 toneladas/hectare, valor acima da média do �ltimo quinqu�nio. Quanto ao girassol, não se prev�em altera��es na produtividade face ao ano anterior.
Mau ano para os pomares de pom�ideas
Nos pomares de pom�ideas, os frutos encontram-se em fase de crescimento, apresentando um bom estado vegetativo. No entanto, as dificuldades ocorridas na fase de flora��o/poliniza��o e a diminui��o das temperaturas � �poca do vingamento, acabaram por afectar negativamente as produtividades. Na ma��, a principal regi�o afectada foi Tr�s-os- Montes, com quebras de produtividade que ultrapassam os 30%, face a 2011, o que se traduz num decréscimo do rendimento unit�rio a nível. nacional de 15%. Para a pôra, todavia, as redu��es são generalizadas a todas as regi�es. Num ano de contra-safra (ap�s uma campanha recorde em 2011, onde se atingiram produtividades médias superiores a 21 toneladas/hectare), as baixas temperaturas na �poca da flora��o levaram a uma redu��o significativa do n�mero de frutos vingados. Desta forma prev�em-se decréscimos da produtividade da ordem dos 30% face a 2011 e de 11% relativamente � média do �ltimo quinqu�nio.
Pomares de pessegueiro menos produtivos
Nos pomares de pessegueiros, as cultivares semiprecoces e semitardias estáo j� na fase de matura��o dos frutos. A ocorr�ncia de condi��es climatéricas adversas em períodos sens�veis do ciclo cultural, particularmente na Beira Interior onde esta cultura assume particular import�ncia, afectou o respectivo rendimento unit�rio prevendo-se, face � campanha passada, um decréscimo de 10%.
Rendimento unit�rio das vinhas aumenta
Algumas vinhas para vinho apresentam sintomas de m�ldio e Também de black-rot essencialmente no Minho e escald�o nas regi�es do Tejo, Lisboa e Pen�nsula de Set�bal. Todas as regi�es apontam para um ano de boa qualidade, prevendo-se um aumento de produtividade de 5%. De referir ainda os preju�zos pontuais causados pelo granizo nos munic�pios de Sabrosa e de são Jo�o da Pesqueira. Quanto � uva de mesa, mant�m-se as previs�es de um aumento de 10% na produtividade, face a 2011, com as videiras a apresentarem um bom desenvolvimento vegetativo e os cachos a mostrarem-se bem formados e firmes.
Am�ndoa: campanha decorre com normalidade
Os amendoais apresentam os frutos j� completamente desenvolvidos com a casca exterior (pele) aberta. Apesar do avan�ado estado de desenvolvimento dos frutos, ainda subsistem incertezas quanto ao potencial produtivo para esta campanha. Ainda assim, as actuais previs�es apontam para um decréscimo de 5% comparativamente ao ano anterior.
Produção de cereais de Outono/Inverno em queda pelo 4� ano consecutivo
A colheita dos cereais praganosos de Outono/Inverno encontra-se praticamente conclu�da. As produ��es confirmam as fracas expectativas previstas ao longo da campanha, com quebras face a 2011 que atingem os 30% no triticale, 25% na aveia, 20% no trigo mole, trigo duro e centeio e 15% na cevada. Estas redu��es são consequ�ncia da diminui��o das áreas semeadas e da quebra das produtividades originada pelas condi��es climatéricas extremamente adversas que se verificaram ao longo da campanha. De referir, contudo, que nas searas instaladas mais tardiamente, o desenvolvimento vegetativo foi quase normal, j� que beneficiaram da precipita��o ocorrida nos meses de Abril e Maio. Por todo o territ�rio, verificou-se o desvio de algumas searas inicialmente destinadas � produ��o de gr�o, para obten��o de fenos e palhas, tendo ainda sido frequente o seu pastoreio.
Produção de batata de sequeiro inferior em 15%
A batata em regime de sequeiro foi consideravelmente afectada pela situa��o de seca meteorol�gica verificada no in�cio do ciclo vegetativo, o que levou mesmo a situa��es de abandono da cultura e nalguns casos � reconversão do sistema produtivo para regadio. Por outro lado, alguns ataques mais fortes de tra�a, levaram � perda de grande quantidade de tub�rculos. Desta forma prev�-se uma quebra da produ��o que dever� atingir os 15%, comparativamente a 2011.
Produção de cereja cai 25%
A apanha de cereja terminou esta campanha mais tardiamente, pelo facto de não ter ocorrido no m�s de Junho períodos longos com elevadas temperaturas que acelerassem a matura��o. Apesar de em Tr�s-os-Montes e no Entre- Douro-e-Minho as quebras ocorridas nas variedades precoces terem sido compensadas pelas produ��es obtidas posteriormente, a baixa produ��o da Beira Interior, acabou por determinar uma quebra global de 25%, face � campanha passada.
Climatologia em Julho de 2012
No final do m�s de Julho, a percentagem de �gua no solo, em rela��o � capacidade de �gua utiliz�vel pelas plantas, apresentavam valores inferiores a 10% em todas as regi�es a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela e no Interior Norte.
Fonte: INE
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