Um grupo heterogéneo participa da actividade de reflorestação no Campo de Educação Ambiental do Cabeço da Lenha
O vento soprava há vários dias, insistente, intenso. As rajadas já ultrapassavam os 100 quilómetros por hora e haveriam de chegar aos 160. Virgílio Silva estava no Funchal e só pensava nos cedros-da-madeira que tinham plantado quase no topo da serra. Tinha de fazer alguma coisa. Pegou num rolo de cordel de sisal, meteu-se no carro e conduziu, devagar, até ao pico do Areeiro. O vice-presidente da Associação de Amigos do Parque Ecológico do Funchal lembra-se bem das reacções de alguns “sábios da cidade”, ao saberem que iam pegar em enxadas e plantar aquelas árvores. Naquela altura, não havia um único cedro por ali. “É uma perda de tempo. Vão morrer.”