A Proteção Civil de Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra, destruiu, em 2021, cerca de 870 ninhos de vespa asiática, mais 170 ninhos do que no ano anterior.
“Em 2021 destruímos cerca de 870 ninhos e em 2020 andamos na ronda dos 700 ninhos”, disse hoje à agência Lusa, o coordenador da Proteção Civil de Montemor-o-Velho, Hélder Araújo.
A tempestade Leslie, ocorrida em 2018, fez com que a praga de ninhos de vespa asiática se “disseminasse mais um pouco”, devido nomeadamente à “alteração da confluência dos ventos que causou a queda dos ninhos”, referiu aquele responsável.
Outra das causas para a destruição de mais ninhos deve-se à informação prestada pela população, neste caso pelos munícipes de Montemor-o-Velho, que sinalizam os ninhos para a Proteção Civil proceder à sua destruição.
Entre o início do outono e o início da primavera, período em que “as árvores estão despidas”, é detetada “muito mais quantidade de ninhos e as pessoas acabam por os identificar e reportar”, explicou.
“Já temos zonas do município onde as pessoas quase que fazem “hobby” (passatempo) e que nos vão ajudando nessa identificação”, frisou, Hélder Araújo.
Atualmente o trabalho incide na proatividade, com o controlo junto aos apiários, assim como no incentivo da deteção de ninhos, por parte da população no terreno.
Ao longo dos anos, a Proteção Civil tem verificado que “o ciclo delas [vespas asiáticas] não é bem aquilo que dizem, mas elas [vespas asiáticas] estão ativas o ano inteiro”, adiantou.
A sinalização dos ninhos, bem como a sua destruição é gratuita.
A identificação de ninhos de vespa asiática, também identificada por vespa velutina, deve ser comunicada ao serviço Municipal de Proteção Civil de Montemor-o-Velho, através do número geral 239 687 300 para a extensão número seis, em dias úteis e durante o horário de funcionamento da Câmara Municipal.
A vespa velutina é uma espécie asiática que exerce uma ação destrutiva sobre as colmeias de abelhas melíferas e pode constituir perigo para a saúde pública.
Esta espécie de vespa predadora foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004. Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir do final do ano seguinte.