A Câmara Municipal de Matosinhos investiu nos últimos três anos 280 mil euros na floresta, o que permitiu que a área ardida diminuísse significativamente, adiantou hoje na sua página oficial.
A reforma florestal deste concelho, do distrito do Porto, iniciou-se em 2018 e implicou a limpeza de terrenos próprios, limpezas coercivas e gestão de faixas de combustíveis, num total de 200 hectares, referiu a autarquia, na informação publicada.
Destes 200 hectares, 60 foram no controlo de espécies invasoras e 20 de plantações em espaços florestais, sublinhou.
Este trabalho de gestão de combustível permitiu descer da média de 22 hectares ardidos até 2018 para 0,5 em 2019 e 2,5 em 2020, frisou.
“Este ano, até ao final do 1.º trimestre, serão executados trabalhos em 100 hectares, divididos em 70 hectares de limpeza e 30 hectares de controlo de invasoras”, revelou.
A câmara prevê ainda que, entre o último trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022, se concretize o enquadramento paisagístico dos nós de acesso à Autoestrada 4 (A4) que compreende 35 hectares de plantações.
Na publicação, a autarquia contou que, em 2018, o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios revelou uma área florestal, na sua maioria periurbana, com 600 hectares, onde predominava uma economia em volta do eucalipto para pasta de papel.
Sem faixas de gestão de combustível, a floresta existente, de regeneração natural, era ocupada por espécies invasoras como a acácia e plumas, acrescentou.
Nessa ocasião, o Gabinete Técnico Florestal do Serviço Municipal de Proteção Civil iniciou, então, a criação de faixas de gestão de combustível na envolvente de habitações, conjuntos habitacionais e edifícios públicos de ensino e de saúde em todo o território.
Num total de 120 hectares, o investimento foi de 140 mil euros.
Ainda em 2018, efetuou-se o corte raso de cerca de 30 hectares de acácias e o corte ao nível do solo de grandes extensões de plumas, ressalvou.