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– 25-02-2005 |
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Matan�a tradicional do porco volta a ser recriada s�bado em BarrancosBeja, 24 Fev A iniciativa, promovida pela Confraria dos Gastr�nomos do Distrito de Beja, repete-se pelo terceiro ano consecutivo, sempre num concelho diferente, para reafirmar a tradi��o alentejana da matan�a do porco, que ainda � realizada anualmente até nas mais remotas aldeias. Contudo, esta recriação tem suscitado algumas d�vidas legais, j� que a legisla��o comunitária pro�be o abate de animais fora de locais certificados, como os matadouros, e sem inspec��o das condi��es sanit�rias, impondo Também restrições ao consumo público dessa carne. A pol�mica foi mais acesa em 2003, na povoa��o de Amareleja, que acolheu a primeira matan�a, tendo a GNR deslocado mais de uma dezena de elementos para fiscalizar a iniciativa, apesar da presença de um veterin�rio e de uma engenheira alimentar no local. A Confraria dos Gastr�nomos ainda foi acusada judicialmente de abate clandestino, mas o processo foi arquivado no final do ano passado pelo Ministério público de Moura, alegadamente por "falta de provas" que consubstanciassem o crime. Na iniciativa realizada em 2004, no concelho de Ourique, a GNR j� não se deslocou ao local, depois do governador Civil de Beja ter pedido pareceres a juristas, os quais garantiram que, caso a matan�a cumprisse tr�s requisitos, não seria crime. A inspec��o pr�via do animal por um veterin�rio, o sorteio daquele entre os convivas, para ter um dono privado, e o não envolvimento de verbas, quer através da cobran�a de entradas ou da venda da carne, foram as regras cumpridas pela Confraria. Mais uma vez, contudo, foi instaurado um inqu�rito judicial, desta vez pelo delegado do Procurador da República de Beja, mas apenas contra o presidente da Confraria, Carlos Franco, e o governador Civil, Jo�o Paulo Ram�a, por declarações aos jornalistas, do qual não h� decisão. Perante este historial, Carlos Franco garantiu hoje � Agência Lusa que não irá ficar "surpreendido se, este s�bado, houver outra vez problemas", mas assegurou que a Confraria dos Gastr�nomos "não vai desistir desta organiza��o". "Estamos apostados em manter uma tradi��o secular no Alentejo e o grande objectivo �, precisamente, ajudar a clarificar a legalidade das matan�as do porco, habituais nesta e noutras regi�es do país", disse. Com 25 Confrarias de Gastr�nomos convidadas, algumas delas espanholas, o evento pretende "reavivar a mem�ria de todos para a import�ncia da matan�a do porco, enquanto acto cultural e elemento de refor�o do or�amento de muitas fam�lias". Segundo Carlos Franco, o animal a abater vai ser previamente inspeccionado por um veterin�rio e, depois, atribuído a um dono privado, que poder� ficar com a carne, a qual não vai ser consumida durante a iniciativa.
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