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– 07-11-2012 |
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Marrocos: Pequenos agricultores sofrem com escassez de �gua
Os habitantes de Suz, regi�o da cordilheira do Atlas em Marrocos, sempre viveram da agricultura. Eles cultivam principalmente cereais e comida para seu gado. Por�m muitos dos po�os tradicionais, onde os pequenos agricultores obtinham �gua para as suas culturas, secaram. Um dos motivos � a agricultura em larga escala, cujas estufas e sistemas de bombagem literalmente rouba a �gua dos outros produtores. "Muitos agricultores perderam o seu meio de subsist�ncia com a bombagem da �gua subterr�nea, pois o nível. do lenãol fre�tico caiu tanto, que os po�os tradicionais não o alcan�am mais", observa J�rgen Gr�bener da empresa alem� de consultoria Eco Consult, que conhece a situa��o da regi�o, onde o nível. dos len��is fre�ticos cai quase tr�s metros, a cada ano. Antigamente os agricultores não precisavam cavar muito, para chegar até � �gua, j� que o nível. do lenãol fre�tico era de cerca de dez metros. Hoje � muito mais dif�cil irrigar os campos. A �gua prov�m de mais de 200 metros de profundidade, e as grandes empresas agr�colas são praticamente as �nicas que ainda conseguem utiliz�-la. Nesta regi�o seca, os a�udes j� estáo vazios antes do fim da esta��o, a �gua não basta para a agricultura intensiva. Esta forma de explora��o de recursos desenvolveu-se nos �ltimos 30 anos, quando o Reino de Marrocos come�ou a adaptar a sua pol�tica � economia mundial, com a suspensão das barreiras �s importa��es e o corte de subsídios. "A agricultura de larga escala em estufas � o principal factor de exportação em Marrocos, o mais importante factor para a economia da regi�o", disse J�rgen Gr�bener. Todos os anos, quase 700 mil toneladas de produtos hort�colas são produzidos na plan�cie de Suz, em grande parte destinadas ao mercado europeu. Os pequenos agricultores pouco lucram com esses n�meros. Nos �ltimos anos, eles t�m protestado repetidamente contra o avanão da agricultura em larga escala, causa da deteriora��o de suas condi��es de vida. Afinal, não � apenas a �gua que escasseia. Como perderam as suas terras, muitos precisam trabalhar como assalariados, em m�s condi��es. As perspectivas não são nada positivas para os agricultores. O plano oficial do governo � continuar a desenvolver a regi�o de Suz nos próximos anos, tornando-a um dos mais produtivos centros agr�colas, capaz de competir com outros, a nível. internacional. Sem uma melhor gestáo h�drica, isso não será poss�vel. Para este fim, 52 mil hectares de terra teráo a sua utiliza��o redefinida. Onde até agora eram cultivados cereais, seráo plantadas oliveiras, que consomem de menos �gua. "Produzir mais �gua" � a meta, explica J�rgen Gr�bener. "Com esse fim, haver� no futuro duas f�bricas de dessaliniza��o, e seráo constru�das mais barragens de m�dio e pequeno porte." As tecnologias modernas são, portanto, a chave para a solu��o do problema. Para poder continuar a produzir, apesar dessas instala��es gigantescas, muitos agricultores estáo a adoptar a irriga��o por gotejamento. Nela, as plantas recebem pequenas quantidades de �gua, de forma automatizada. Este m�todo � considerado um meio comprovado para manter viva a agricultura. Para os especialistas está claro: não � poss�vel renunciar � tecnologia moderna. Por�m ao mesmo tempo apelam para que não se esque�a a tradi��o, a fim de que se possa praticar uma agricultura intensiva a longo prazo, numa regi�o t�o �rida. At� l�, J�rgen Gr�bener espera que os po�os tradicionais de Marrocos não tenham todos secado. Fonte: Deutsche Welle
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