Com projetos nas regiões do Douro (Vila Nova de Foz Côa) e dos Vinhos Verdes (Melgaço), Produtor e Enólogo expande a sua posição no Douro com a aquisição da Quinta de Malhô, no Cima Corgo, e prevê duplicar, nos próximos 5 anos, a capacidade de produção e aumentar em 30% os postos de trabalho.
Invertendo a tendência de aquisição de Quintas no Douro por investidores estrangeiros, o Enólogo Márcio Lopes adquiriu a Quinta do Malhô, em Ervedosa do Douro, no Cima Corgo, à Cap Wine Portugal detida pelo grupo francês Cap Wine International, expandindo assim a sua posição no Douro e a capacidade de vinificação instalada para meio milhão de litros por ano na região. O produtor detinha já, na região, a Quinta do Pombal, em Vila Nova de Foz Côa, com cerca de 5 hectares e de onde provêm vinhos como o PROIBIDO Vinha Velha do Pombal, e na região dos Vinhos Verdes, em Melgaço, o projeto PEQUENOS REBENTOS. Com esta aquisição prevê duplicar, nos próximos 5 anos, a capacidade de produção e aumentar em 30% os postos de trabalho.
Para Márcio Lopes, “esta Quinta é uma jóia no berço do Douro. O vale onde está inserida é icónico e a sua localização a par da altitude são excecionais para a produção de vinhos de altíssimo nível. Esta aquisição é para nós um grande desafio, que representa um grande compromisso com o Douro, aumentando a capacidade de vinificação do projeto PROIBIDO e abrindo portas para um projeto de Enoturismo”.
O negócio inclui um centro de vinificação, habitações envolventes, lagares e cerca de 20 hectares de vinha, olival e floresta. A maior parte da vinha é muito velha, com cerca de um século de existência, e é constituída apenas por castas tintas. Possui uma densidade, na ordem das 6 a 8 mil videiras por hectare, e está distribuída em patamares pós-filoxéricos que foram construídos entre 1880 e 1930. Caraterísticas que se esperam essenciais para manter e acrescentar concentração e complexidade aos vinhos. Além disso, a área de olival, cerca de 5 hectares, possibilitará ao produtor alargar o seu portefólio também com uma gama de azeite. É, ainda, objetivo a entrada nos Vinhos de Porto de Quinta. Áreas de negócio que já estavam nos planos do produtor e que poderão agora tornar-se realidade.
O processo de aquisição inclui, ainda, as marcas de vinho Quinta do Malhô, que passarão a integrar o projeto PROIBIDO, e stocks de colheitas antigas.
Márcio Lopes foi reconhecido como “Enólogo revelação do ano” e galardoado com o “prémio de Singularidade”, em 2019. O produtor do Proibido Grande Reserva 2017, foi distinguido, em 2020, como um dos vinhos do top 100 “Melhores descobertas do Mundo” pelo crítico Robert Parker, exporta atualmente para 22 países.
No Douro, o projeto PROIBIDO tem como base a manutenção de vinhas velhas que estão em desuso para lhes dar ainda mais vida, sem o uso de herbicidas e pesticidas, com uma grande aposta na sensibilização dos viticultores, sobretudo no que diz respeito à sustentabilidade ambiental e no fairtrade que representa os princípios base do negócio. Uma filosofia também muito presente na Quinta do Pombal e no projeto PEQUENOS REBENTOS, nos Vinhos Verdes. O objetivo? Aperfeiçoar e dar consistência à qualidade aos vinhos da região, assentes num projeto verdadeiramente sustentável a todos os níveis: ambiental, económico e social.
Fonte: Márcio Lopes Wine Maker