Administradora fala num “benefício efetivo” em termos financeiros, além da “visibilidade no mercado” e na reputação. Família no board avaliza investimentos de longo prazo, como a compra em Rio Frio.
Mais de metade da dívida da Corticeira Amorim já é “financiamento verde e sustentável”, contabiliza a administradora financeira (CFO), Cristina Amorim, notando que a empresa tem um “benefício efetivo” em termos financeiros neste tipo de operações, além das vantagens que retira ao nível da “visibilidade que dá no mercado e em termos reputacionais”.
Foi em dezembro de 2020 que a gigante da cortiça realizou a primeira emissão de obrigações verdes, no valor de 40 milhões de euros e com uma maturidade de cinco anos. No ano seguinte executou um Programa de Emissões de Papel Comercial (PPC) Sustainability Linked de 20 milhões de euros, bem como outro de papel comercial verde de 11,6 milhões de euros, com prazos de três e cinco anos, respetivamente.
No final do ano passado, a Corticeira Amorim assinou com o Banco de Sabadell um Programa de Emissões de Papel Comercial (PPC) de 35 milhões de euros, com maturidade em 2029, que, segundo comunicou então à CMVM, iriam qualificar-se como instrumentos de financiamento verde, com o encaixe a ser aplicado no refinanciamento da compra da Herdade de Rio Frio e no investimento em novas plantações de sobreiros.
Cristina Amorim dá precisamente o exemplo da aquisição desta propriedade na margem sul do rio Tejo, que custou um total aproximado de 50 milhões de euros e ficou completa no verão de 2022 na sequência de um acordo com o Novobanco, em que “todo o investimento feito é elegível e, portanto, o papel comercial de longa maturidade montado para esse fim foi papel comercial considerado verde”.
“Noutros pusemos indicadores ligados à área ambiental e ao pilar social. Se atingirmos os compromissos, temos determinado preço, senão temos uma penalidade. Temos ainda outros em que temos um determinado preço ou uma bonificação se […]