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– 19-03-2012 |
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Liberta��o de caudal de Espanha para Portugal deve ser maior e mais homog�nea
Os fluxos de liberta��o de �gua em Espanha devem ser mais homog�neos no tempo para que Portugal tenha um rio Tejo vivo e não apenas as "sobras" de uma operadora hidroel�ctrica, defendeu � Lusa o ambientalista espanhol Miguel Angel Sanchez. Para o porta voz da Plataforma espanhola em Defesa do rios Tejo e Alberche, a falta de �gua no maior rio ib�rico está a ser "induzida artificialmente em Portugal", tendo em conta que a operadora hidroel�trica Iberdrola armazenava no final de Fevereiro 2.582 hm3 no Tejo estremenho espanhol, volumes que "obrigam" o rio Tejo em Portugal a estar seco. "As barragens do rio Tejo em Espanha estavam a 29 de Fevereiro com 5.684 hm3, 51,6% da capacidade, e considera-se que o Tejo, em Espanha, está numa posi��o "excedente" e pode transferir o fluxo de cabe�alho de transvaze de 21,5 m3 por segundo, quase o dobro que de Cedillo vai para Portugal", disse aquele especialista. Miguel Sanchez defende como medidas para a preserva��o de caudais ecol�gicos nos dois países, no ambito do Conv�nio da �gua (ou Conven��o de Albufeira), actualmente em vigor e no que se refere ao Tejo, que o mesmo deve ser revisto de duas maneiras. "Em primeiro lugar, o volume total de �gua a libertar deve ser aumentado anualmente para Portugal dos actuais 2700 hm3/ano para valores entre os 3500 a 4000 hm3", referiu. "Em segundo lugar", continuou, "estes volumes de descarga devem ter tradu��o em mais homogeneidade de fluxo no tempo, ou seja, descargas mais regulares e em maiores quantidades e em espaço de tempo". Segundo Sanchez, o facto de ser permitido em Espanha libertar regularmente pouca �gua (até 7 hm3/semana, o que d� uma taxa de fluxo "muito baixa" de cerca de 12 m3/s), "beneficia os interesses econ�micos" das operadoras das barragens, que preferem libertar grande quantidade de turbina de �gua para produzir electricidade com vantagens econ�micas sempre em espaços muito curtos de tempo. "� por isso que Portugal deve exigir que o fluxo solto de Espanha seja mais homog�neo no tempo, exigindo uma modifica��o da Conven��o de Albufeira para um volume de cerca de 3.500 hm3/ano. S� assim Portugal teria um rio Tejo, e não apenas as "sobras" da operadora hidroel�ctrica", apontou. "Também � interessante notar que o Tejo, em Espanha, não está em seca, e mesmo agora h� um excesso e desvio de 21,5 m3/s para as regi�es do Mediterr�neo a uma taxa semanal de 13 hm3, observou ainda Miguel Sanchez. "A Portugal estáo a chegar apenas 7 hm3 por semana, pelo que escusado será dizer que os 13 hm3 que Espanha envia por transvaze para o Mediterr�neo são parte do que seria necess�rio em Portugal". O ambientalista disse ainda que existem documentos e propostas "não oficiais" para apoiar a criação de um novo transvaze e uma transfer�ncia hipot�tica a partir do meio do Tejo, na regi�o de Navalmoral de la Mata (C�ceres), tendo afirmado que "oficialmente" ainda não h� nenhum documento de planeamento hidrol�gico espanhol que lhe d� efeito. "A acontecer seria muito mau para Portugal porque o Tejo s� teria a� um caudal normal nos anos de grande pluviosidade", apontou. Fonte: Lusa
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