Francisco Rodrigues dos Santos esteve hoje junto à praça de touros Celestino Graça, em Santarém, numa ação de campanha para as eleições legislativas de dia 30 e recebeu um barrete de forcado oferecido pelo presidente da Associação Nacional de Grupos de Forcados.
Na ocasião, Diogo Durão desafiou também o líder do CDS-PP para um dia se juntar aos forcados na arena.
Na resposta, o presidente centrista disse que já era aficionado antes de entrar na política e que quando frequentou o Colégio Militar ensaiou “as artes do forcado”.
“No futuro, quem sabe, se não poderei estar mesmo na arena e de caras, que eu gosto de pegar o touro pelos cornos, e nestas eleições legislativas é isso que eu também vou fazer”, disse.
Na política, o seu alvo é a esquerda: “Eu quero pegar a maioria de esquerda pelos cornos no parlamento para depois a neutralizar e poder abrir espaço a uma nova maioria de direita que permita ao CDS estar no governo de Portugal”.
Apontando que o CDS “sempre foi um partido que defendeu a bandeira do mundo rural”, salientou que “hoje é urgente fazê-lo, contra os partidos animalistas radicais que têm uma agenda ditatorial que quer destruir o modo de vida de quem vive do campo”.
“Faz sentido, em nome da liberdade, que o CDS afirme estes valores enquanto partido da lavoura, que representa todos aqueles que no interior do nosso país fazem vida destas atividades do mundo rural”, defendeu o líder centrista, considerando que os agricultores, caçadores ou os pescadores “são os verdadeiros ambientalistas”.
Recusando que a ruralidade e conservacionismo sejam “valores ultrapassados”, Rodrigues dos Santos defendeu que quem pensa assim é que faz com que o interior do país “esteja sem apoios, desertificado e completamente votado ao abandono”.
E criticou que o PAN “que vale 140 mil votos quando há três milhões de aficionados”, quer “impor o seu modo de vida urbano a quem vive no interior e tem uma vida de ruralidade”.
“Defendemos o mundo rural contra o animalismo radical, contra aqueles que querem animalizar as pessoas e humanizar os animais e queremos defender esta agenda desde logo permitindo que a tauromaquia, que está descrita na lei como uma arte performativa com raízes culturais e profundas na sociedade portuguesa possa estar equiparada a todos os outros espetáculos culturais, tendo o IVA a 6%”, apontou.
Francisco Rodrigues dos Santos acusou também o partido liderado por Inês Sousa Real e a ministra da Cultura, Graça Fonseca, de querem “impor uma ditadura do gosto” e garantiu que “o CDS vai fazer voz grossa contra estas políticas discriminatórias”.
O cabeça de lista por Santarém, Pedro Melo, círculo pelo qual o partido não elegeu deputados nas últimas eleições legislativas, em 2019, pediu “respeito pela tauromaquia” e garantiu que o setor conta com o CDS para isso.
O presidente do CDS aproveitou para assinalar também que no programa eleitoral o CDS defende que 1% do Orçamento do Estado seja destinado à cultura.