Projetos de mais de 4400 jovens agricultores foram apoiados no âmbito do PDR 2020, o que representa 17% do total de investimento efetuado no Programa de Desenvolvimento Rural. Dos 543 milhões de euros de despesa pública comprometida para estes empresários, 413 M€ destinaram-se ao apoio ao investimento e 130 M€ ao apoio à instalação.
Os jovens agricultores portugueses têm uma idade média de 31 anos e possuem mais habilitações literárias. Na faixa etária mais jovem, 33% concluiu o ensino superior, 27% detém ensino secundário e 40% o ensino básico. Se nos focarmos no universo total de agricultores, 80 por cento possui ensino básico.
A nível geográfico, 45 por cento dos jovens agricultores estão instalados na zona Norte do país, sendo que a zona Centro representa 27%, e o Alentejo, 23%. Lisboa e Algarve apresentam percentagens residuais (2 e 3 por cento, respetivamente). Na distribuição regional, Trás-os-Montes detém o maior número de jovens agricultores, com 505 instalados, seguindo-se Tâmega e Sousa (388), Baixo Alentejo (356) e Dão-Lafões (320).
Nas áreas de atividade, a fruticultura é a área preferida de quase metade dos jovens agricultores (47%). Segue-se a pecuária (24%), a horticultura (13%), o olival e a vinha (ambos com 6%).
O PEPAC 23.27 (Plano Estratégico da Política Agrícola Comum) prevê a continuidade das ajudas aos jovens agricultores através das intervenções “C.2.2.1: Prémio instalação jovens agricultores”, com uma dotação de 75M€, e “C.2.2.2: Investimento produtivo jovens agricultores” (150M€). As verbas de ambas as intervenções destinam-se a atrair e apoiar os jovens agricultores e outros novos agricultores, e facilitar o desenvolvimento sustentável das empresas nas zonas rurais.
A intervenção C.2.2.1 visa promover o emprego, o crescimento, a igualdade de género, nomeadamente a participação das mulheres no setor da agricultura, a inclusão social e o desenvolvimento local nas zonas rurais, incluindo a bio economia circular e uma silvicultura sustentável. Já a Intervenção C.2.2.2 tem por objetivo igualmente reforçar a orientação para o mercado e aumentar a competitividade das explorações agrícolas, tanto a curto como a longo prazo, com maior incidência na investigação, na tecnologia e na digitalização.
O artigo foi publicado originalmente em Rede Rural Nacional.