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– 20-12-2010 |
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INE: Em 2010, o Rendimento da Actividade Agr�cola dever� aumentar 6,8%Segundo a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura para 2010, o Rendimento da Actividade Agr�cola em Portugal, por unidade de trabalho, dever� ter crescido 6,8%, em termos reais, relativamente a 2009. Apesar da pequena redu��o nominal do Valor Acrescentado Bruto (-0,6%), o Rendimento de Factores dever� ter aumentado 5,7%, em virtude do acr�scimo em 21,0% dos Outros subsídios � Produção. O Volume de m�o de-obra agr�cola dever� ter continuado a diminuir (-1,9%). Em 2010, estima-se que o volume da Produção do Ramo Agr�cola tenha registado um decréscimo de 1,5%, para o que contribu�ram a varia��o da produ��o vegetal (-1,6%) e a varia��o da produ��o animal (-1,4%). Em grande medida, a redu��o de produ��o foi consequ�ncia das condi��es climatéricas desfavor�veis registadas durante o ano agr�cola. Estas condicionaram fortemente o desenvolvimento dos trabalhos e das culturas, dada a persist�ncia de precipita��o ao longo de todo o Inverno e as elevadas temperaturas de Ver�o. Em termos nominais, estima-se que a produ��o aumente 3,3%, em consequ�ncia do crescimento dos pre�os de base em 4,9%. O Consumo Interm�dio (CI) dever� aumentar, em termos nominais, 5,0%, em resultado, sobretudo, do crescimento dos pre�os (+4,6%), uma vez que o volume dever� manter-se praticamente estável (+0,4%). Como consequ�ncia dos diferenciais de crescimento nominal e em volume da Produção e do CI, espera-se que, em 2010, o Valor Acrescentado Bruto (VAB), a pre�os de base, registe uma pequena redu��o nominal de 0,6% e uma redu��o em volume mais significativa, de 5,8%. O Rendimento de Factores dever� aumentar 5,7% em valor, em 2010, dado que a varia��o negativa do VAB, em termos nominais, dever� ser mais que compensada pelo forte aumento dos Outros subsídios � Produção (+21,0%). Em termos reais, tendo como refer�ncia o deflator do PIB, o Rendimento de Factores dever� ter aumentado 4,8%. Este acr�scimo, associado a uma redu��o de 1,9% do Volume de m�o-de-obra agr�cola (VMOA), dever� conduzir a um aumento de 6,8% do rendimento de factores real, por unidade trabalho/ano, face a 2009 (�indicador A�).
PRODU��O VEGETAL A Produção Vegetal dever� registar um acr�scimo nominal de 5,6% em 2010, destacando-se os acr�scimos em valor nos cereais (+19,8%), batata (+29,9%) e vinho (+11,2%). Esta varia��o nominal traduz o efeito da subida quase generalizada dos pre�os (+7,4%). Efectivamente, em volume, a Produção Vegetal dever� diminuir 1,6%, em resultado, designadamente, do decréscimo da produ��o de cereais como o trigo (-22,9%) e a cevada (-52,0%), de batata (-12,1%) e de frutos frescos (-15,4%). Para além da persist�ncia de chuva no Inverno, observou-se, no caso dos cereais, uma conjuntura desfavor�vel nos mercados, que conduziu a uma das mais baixas campanhas das últimas d�cadas. O excesso de precipita��o prejudicou igualmente a produ��o de batata e de frutos frescos, estando a redu��o de batata aliada Também a dificuldades de escoamento j� observadas em anos anteriores. As culturas industriais dever�o evidenciar um decréscimo de 5,7% em volume, para o qual será decisivo a redu��o prevista para as oleaginosas (aproximadamente 30%). Efectivamente, a ind�stria nacional produtora de biodiesel optou pela compra de matéria-prima importada, em particular soja, em detrimento da contrata��o de produtores agr�colas nacionais de girassol, contrariamente ao que sucedeu em anos anteriores e que motivou elevadas produ��es em 2007 e 2008. Para a produ��o de Vinho prev�-se um acr�scimo, quer em termos nominais, quer em termos reais, Estima-se que a varia��o em volume de vinho seja de +8,4%, em resultado de um bom desenvolvimento da uva e de um controle eficaz de doen�as e pragas. Em termos de varia��es de pre�os, destaca-se o pre�o da batata, para o qual se estima um acr�scimo muito acentuado (+47,8%). Este aumento está associado � redu��o da área plantada, ao apodrecimento dos tub�rculos provocado pela forte precipita��o ocorrida durante o ano e ao contexto de subida dos pre�os de importa��o deste produto, em conjuga��o com o efeito de base dos fortes decréscimos observados em anos anteriores (-18,1% em 2008 e -13,6% em 2009). Igualmente para os cereais se antecipa um grande aumento de pre�os (+28%) em resultado da redu��o da produ��o em volume e da influ�ncia dos elevados pre�os no mercado mundial.
PRODU��O ANIMAL A Produção Animal dever� apresentar valores próximos do ano anterior (-0,2% em termos nominais), em consequ�ncia da conjuga��o de um decréscimo em volume (-1,4%) e de um aumento dos pre�os de base (+1,3%). A redu��o em volume da Produção Animal dever�, em grande medida, ser determinada pelas diminui��es em volume nas produ��es de Bovinos e Leite. A produ��o de bovinos dever� observar um decréscimo, em volume, de 11,9%. Esta varia��o negativa da produ��o deve-se, sobretudo, � tend�ncia actual de aumento do custo das matérias-primas para a alimenta��o animal (nomeadamente cereais) que não � compensada pelo acr�scimo de pre�os dos animais. Neste sentido, prev�-se que a sa�da de animais para engorda e abate em Espanha venha a aumentar. Relativamente �s produ��es de su�nos e aves, estimam-se aumentos de volume de 3,2% e 3,0%, respectivamente. O comportamento diferenciado dos pre�os dos bovinos e su�nos, no consumidor (aumento do pre�o da carne de bovino e decréscimo do pre�o da carne de su�no) e o actual clima econ�mico dever�o estar a motivar a maior procura, por parte dos consumidores, por carne mais barata, o que terá sido correspondido, em particular na produ��o suin�cola nacional, com um envio para abate de um maior n�mero de animais. No caso do leite, perspectiva-se em 2010 um menor volume de produ��o (-2,5%) que resulta, principalmente, da conjuntura negativa para o sector leiteiro nacional, com a previsão do fim do regime de quotas em 2015 e as dificuldades crescentes no licenciamento/manuten��o das explora��es agr�colas. Como consequ�ncia, � previs�vel a continua��o da diminui��o do n�mero de produtores. � de salientar Também a varia��o negativa prevista para o pre�o do leite (-6,7%), em parte motivada pela importa��o de lactic�nios a pre�os baixos. Este facto, aliado � evolu��o da procura dos consumidores, tem acarretado obst�culos acrescidos na coloca��o de leite nacional no mercado.
CONSUMO INTERM�DIO e VAB Estima-se para 2010 um aumento nominal de 5,0% do CI, em virtude do agravamento dos pre�os (+4,6%), uma vez que o volume se dever� manter estável (+0,4%). A varia��o positiva de pre�os do CI prende-se, fundamentalmente, com o acr�scimo de pre�os da Energia e lubrificantes (+13,4%) e dos Alimentos para animais (+6,4%). Depois da baixa de pre�o em 2009, o pre�o dos adubos dever� decrescer novamente em 2010 (-12,4%), compensando o acr�scimo de pre�os excepcionalmente elevado observado em 2008 (+55,7%). Na evolu��o do volume destaca-se o comportamento da rubrica mais importante em termos relativos: os alimentos para animais. Efectivamente, prev�-se uma redu��o de volume nos alimentos compostos (-2,0%) na sequ�ncia da crise crescente no sector animal, ao mesmo tempo que se assiste ao encerramento de muitas explora��es pecu�rias. A alta de pre�os dos alimentos compostos para animais, decorrente da grande subida nos pre�os das matérias-primas, justifica a diminui��o do consumo destes alimentos em todos os sectores pecu�rios, com excep��o das aves. Estima-se que a produ��o observe um aumento de pre�os (+4,9%) ligeiramente superior ao registado no CI (+4,6%), pelo que, em termos de rela��o de pre�os entre a produ��o e despesas correntes da actividade, prev�em-se condi��es mais favor�veis para o produtor agr�cola que em 2009. Relativamente ao VAB, o decréscimo de 5,8% no volume � praticamente compensado pelo acr�scimo de pre�o (+5,6%), verificando-se uma descida nominal de cerca de 0,6%.
subsídios Segundo o Regulamento das CEA (Reg. (CE) 138/2004), os subsídios compreendem apenas os �subsídios aos produtos� e �Outros subsídios � produ��o�, não contemplando as �Ajudas ao investimento� e �Outras transfer�ncias de capital�. De acordo com informação disponibilizada pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP, IP), classificada de acordo com as directrizes do Reg. 138/2004, mant�m-se a transi��o progressiva dos montantes registados em �subsídios aos produtos� para �Outros subsídios � produ��o�, em virtude do Regime de Pagamento único (RPU). Assim, os subsídios aos produtos pagos em 2010 dever�o diminuir 6,9%, enquanto os outros subsídios � produ��o aumentar�o cerca de 21,0%, devido, sobretudo, aos subsídios ao desenvolvimento rural e RPU (Regime de Pagamento único). O total de subsídios pagos aos agricultores dever� aumentar aproximadamente 13,4% relativamente a 2009. Quanto � composi��o dos subsídios aos produtos, apontam-se os Bovinos e Ovinos como os principais destinatérios deste tipo de ajuda em 2010. Destaca-se a diminui��o prevista do subs�dio ao Tomate para ind�stria, em virtude da nova OCM hortofrut�cola (em que os apoios passaram a ser desligados da produ��o), existindo uma ajuda transit�ria até 2011.
INDICADORES DE RENDIMENTO O Rendimento Empresarial L�quido (REL) de 2010 dever� apresentar um aumento, em termos reais, de 22,9% relativamente a 2009, em virtude de, além do crescimento dos subsídios, ser expect�vel uma redu��o das rendas e juros a pagar. Analisando, por�m, o �ltimo dec�nio, verifica-se que o REL decresceu para valores inferiores aos de 2000, como se pode observar no gr�fico 6, não obstante a relativa estagna��o do VAB ao longo desse período. Efectivamente, apesar do crescimento do REL no in�cio da s�rie, verificou-se posteriormente uma acentuada tend�ncia de decréscimo deste indicador. Contudo, o REL por unidade de trabalho não assalariado/ano (�indicador B�) evidencia um comportamento diferente, apresentando um nível. ligeiramente superior ao do ano inicial, embora tenha Também registado de 2007 a 2009 valores inferiores a 2000.
Quadro 1.1 Rendimento da Actividade Agr�cola em 2010 – 1� Estimativa – Principais rubricas a pre�os de base Fonte: INE
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