Os meios terrestres estavam a ser reforçados ao início da noite no combate ao incêndio que deflagrou hoje na Samardã, Vila Real, e que se aproximava de aldeias, disse fonte da Proteção Civil.
O comandante distrital de Operações de socorro (CODIS) de Vila Real, Miguel Fonseca, disse que a prioridade dos operacionais, neste momento, é fazer a “proteção às populações e habitações”.
Segundo o responsável, pelas 20:00 as aldeias que causavam mais preocupação e onde os meios estavam posicionados eram Sanguinhedo, Felgueiras, Fortunho e São Tomé do Castelo.
O fogo que deflagrou pelas 07:00 na serra do Alvão, na zona da Samardã, continuava a avançar, pelas 20:00, em três frentes e a progredir com muita intensidade. O vento forte tem sido a principal dificuldade no combate às chamas.
Durante a tarde, o fogo rodeou a aldeia de Vilarinho da Samardã, passou pela Estrada Nacional 2 (EN2), desceu ao rio Corgo e subiu, na outra margem, para a zona onde agora aumentam as preocupações dos operacionais.
Segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção (ANEPC), para o local estavam mobilizados, pelas 20:00, 402 operacionais e 115.
Devido ao fumo intenso, os meios aéreos já não estão a operar neste incêndio há algum tempo.
A Autoestrada 24 (A24) permanece cortada entre os nós de São Tomé do Castelo e de Vila Pouca de Aguiar e a EN2 permanece também cortada entre Escariz e Soutelinho do Mezio.
Ao final da tarde, o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, deixou um apelo às populações para se autoproteger devido à dimensão do incêndio e referiu que este fogo “começou logo pela manhã, com quatro pontos de ignição, teve uma frente inicial de cerca de três quilómetros, uma progressão muito, muito rápida”.