O dispositivo de combate a incêndios rurais contam a partir de hoje com 55 meios aéreos, com a entrada ao serviço de três helicópteros Kamov, avançou à Lusa a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Estes três helicópteros Kamov são os que o Estado português alugou a uma empresa ucraniana para integrar o dispositivo de combate a fogos deste ano, mas que não podiam voar por falta de licença da Autoridade Nacional de Aviação Civil.
Segundo a ANEPC, os três Kamov vão operar nos centros de meios aéreos de Macedo dos Cavaleiros, Braga e Ferreira do Zêzere.
A ANEPC dá conta que um helicóptero Kamov já está operacional e integrou o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), estando já estacionado no Centro de Meios Aéreos (CMA) de Macedo de Cavaleiros, prevendo-se que os outros dois passem a operar hoje à tarde nos CMA de Braga e Ferreira do Zêzere.
Com a entrada em funções deste três helicópteros pesados, o DECIR passa a ter 55 meios aéreos operacionais, de acordo com a Proteção Civil.
No entanto, os meios aéreos que estão operacionais são menos 17 do que os inicialmente previstos no DECIR, que aponta para o período de 01 de junho a 30 de setembro de 72 aeronaves, e menos cinco do que em igual período de 2022.
À margem da apresentação do dispositivo de combate a incêndios para Lisboa e Vale do Tejo, numa cerimónia que decorreu em Mafra e presidida pelo ministro da Administração Interna, o presidente da ANEPC afirmou aos jornalistas que “os meios aéreos têm sido uma questão constante”, uma vez que se está “com uma guerra na Europa e há cada vez mais países a quererem mais meios aéreos”.
“No ano em que temos o objetivo de fazer crescer o número de meios aéreos para 72, mais 12 do que no ano passado, apesar das dificuldades, não desistimos deste objetivo de conseguir os 72 meios aéreos. Ainda hoje vão entrar em funcionamento os três kamov que estavam preparados”, disse.
Segundo o DECIR, no período de 01 a 30 de junho, denominado ‘nível charlie’, estão no terreno 11.761 operacionais, que integram 2.550 equipas e 2.585 viaturas dos vários agentes presentes no terreno.
Em relação ao mesmo período do ano passado, há mais 1.108 operacionais, mais 26 equipas e mais 158 veículos.
Os meios de combate voltarão a ser reforçados a 01 de julho até 30 de setembro – ´nível delta´-, naquela que é considerada a fase mais crítica de incêndios e que mobiliza o maior dispositivo, estando este ano em prontidão 13.891 operacionais, 3.084 equipas, 2.990 veículos, além dos 72 meios aéreos previstos.
Os operacionais envolvidos este ano no dispositivo de combate aos incêndios rurais aumentaram 7,5% em relação a 2022.