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– 25-08-2005 |
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Inc�ndios / Vila Real: Dezenas de agricultores com dificuldades em alimentar gadoVila Real, 24 Ago Um inc�ndio vindo de Espanha na semana passada queimou uma vasta área do concelho de Chaves e foi enorme o rasto de destrui��o que deixou entre os agricultores locais, sendo que, s� na aldeia de Mairos, 700 animais ficaram com os pastos reduzidos a cinza. "Nem 25 mil euros chegam para repor tudo o que as chamas destru�ram em alguns minutos", afirmou � Agência Lusa David da Costa, agricultor de Mairos, concelho de Chaves. Segundo David da Costa, o fogo queimou-lhe quase dois mil fardos de palha, seis mil quilos de centeio, alfaias agr�colas, ferramentas e combust�veis. "Doze anos de trabalho ficaram destru�dos e agora não sei o que fazer com as 130 ovelhas que sobreviveram pois não tenho como as alimentar", salientou. J�lio da Costa, Também residente em Mairos, lamentou não ter "sequer onde comprar" alimento para o seu rebanho de 100 ovelhas. � que, por causa dos inc�ndios que assolaram Também a Galiza, os espanh�is Também j� não vendem palha. "H� uns tempos atr�s ainda consegu�amos comprar palha e feno em Espanha para os nossos animais, mas agora os nossos vizinhos Também j� não vendem e ficamos sem saber como alimentar os nossos rebanhos", frisou. Também Nuno dos Anjos viu o seu estábulo destru�do por este inc�ndio. "Ardeu palha, alfaias e até um vitelo", frisou o agricultor de 27 anos, que referiu que ainda não teve coragem para fazer as contas dos preju�zos. Nuno dos Anos afirmou que os bovinos que manteve estáo a sobreviver � custa da ajuda de amigos e vizinhos, que lhe t�m oferecido palha. Na mesma situa��o dos agricultores de Mairos estáo, segundo Armando Carvalho, dirigente da Confedera��o Nacional de Agricultura (CNA), dezenas de outros produtores de todo o distrito de Vila Real. O respons�vel referiu que os fogos que assolaram o distrito e que na última semana queimaram uma área de cerca de dez mil hectares de mato e floresta causaram "elevados preju�zos", principalmente nos concelhos de Vila Real, Vila Pouca de Aguiar, Chaves e Mur�a. "Vivemos um ano de seca prolongada e extrema e, por causa disso, eram j� muitas as dificuldades sentidas pelos agricultores para alimentar os seus rebanhos", salientou o respons�vel. Acrescentou que, agora, os inc�ndios deixaram os agricultores transmontanos "numa situa��o dram�tica". "Os produtores não sabem como alimentar e manter os seus afectivos de bovinos, ovinos e caprinos", pois, segundo salientou, para além das áreas de pastoreio queimadas, muitos agricultores viram as chamas consumir as palhas, fenos e cereais que tinham armazenado. Os agricultores exigem medidas efectivas de apoio por parte do Governo, pois, caso contrário, segundo Armando Carvalho, estáo dispostos a tomar uma posi��o pública que poder� passar por uma manifesta��o. O dirigente lamentou ainda que o Governo de Jos� S�crates ainda não tenha disponibilizado ajuda para transportar as oito mil toneladas de palha oferecidas pelos agricultores franceses e que, na sua opini�o, poderiam ajudar os "casos mais extremos" dos produtores nacionais . T�cnicos das autarquias do distrito de Vila Real estáo no terreno a fazer o levantamento dos preju�zos causados pelos inc�ndios. A C�mara Municipal de Chaves j� concluiu um primeiro relatério que vai enviar ao Governo requisitando ajuda para fazer face aos preju�zos causados pelos fogos no concelho. O presidente da autarquia, Jo�o Baptista, referiu que os preju�zos causados pelos fogos neste concelho ascendem a 8,5 milhões de euros. Entre os dias 18 e 21 de Agosto, os inc�ndios amea�aram 31 aldeias do concelho e queimaram uma área sete mil hectares, dos quais 1.600 são referentes a área florestal. Os bombeiros do distrito de Vila Real combateram entre 01 de Janeiro e 18 de Agosto 1.522 inc�ndios, que queimaram uma área que quase duplicou em rela��o a igual período de 2004, designadamente 21.000 hectares de floresta e mato. Entre 01 de Janeiro e 18 de Agosto de 2004, registaram-se 1.103 fogos no distrito que totalizaram uma área ardida de 11.245 hectares de floresta e mato.
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