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– 16-06-2005 |
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Inc�ndios: PJ mobiliza investigadores para as florestasAveiro, 16 Jun Segundo Pedro do Carmo, director da PJ de Coimbra, t�m vindo a aumentar o n�mero de inc�ndios e de área ardida e os fogos com origem criminosa acompanham esse movimento, estando a Pol�cia Judici�ria a refor�ar as equipas de investiga��o e a colocar elementos de preven��o durante a noite e aos fins-de-semana. H� mais inc�ndios de "m�o criminosa", mas os investigadores não d�o grande import�ncia aos relatos de "pôra-quedas" incendi�rios e a explica��es de interesses econ�micos obscuros, segundo a mesma fonte. A PJ está mais atenta a incendi�rios referenciados e refor�a equipas com o objectivo de chegar rapidamente aos locais, antes que os ind�cios fiquem em cinzas. Te�filo Santiago, respons�vel pelo Departamento de Investiga��o Criminal de Aveiro da PJ confirmou � Lusa que estáo em investiga��o os inc�ndios ocorridos nos �ltimos dias junto ao novo estádio de Aveiro, em �gueda e na Reserva de S.Jacinto. De acordo com aquele respons�vel, desde o in�cio do ano j� foram participados �quele departamento da PJ quase centena e meia de inc�ndios, 67 dos quais deram lugar � realiza��o de inqu�ritos, enquanto nos restantes se verificou não haver ind�cios da pr�tica de crime. A nível. nacional, em 2004, foram abertos 1.597 inqu�ritos na sequ�ncia de inc�ndios, levando � identifica��o de 48 suspeitos, quando no ano anterior haviam sido investigados 1.567 fogos. Face a essa evolu��o, a PJ tem vindo a apostar na coopera��o com for�as de segurança, bombeiros e autarquias, no ambito do Plano Nacional de Investiga��o e Preven��o. "H� todo um trabalho de forma��o e mesmo de preven��o, em colabora��o com outras entidades, nomeadamente de tratamento de informação relativa a indiv�duos de risco", esclarece Pedro do Carmo, admitindo que está a ser dada aten��o a pessoas com antecedentes em crimes de fogo posto. Outra das vertentes estratégicas da PJ para lidar com o problema dos inc�ndios "de m�o criminosa" � a prontid�o, j� que o fogo não consome s� a floresta, mas muitas vezes Também os vestágios da actividade criminosa. "Quanto mais depressa se iniciar a investiga��o maior � a probabilidade de �xito. Da� que a PJ esteja a fazer um esfor�o para deslocar rapidamente as suas equipas ao local", explica o actual respons�vel pela Directoria de Coimbra da PJ. A Directoria de Coimbra abrange uma área em que os inc�ndios "t�m uma incid�ncia particularmente grave" devido � dimensão da mancha florestal e que inclui Castelo Branco, Coimbra, Aveiro, Guarda, Leiria e Viseu. "� das zonas mais problem�ticas do país, mas h� situa��es em que conseguimos estar no local quase de imediato" explica. Tal como em termos nacionais, Também no centro do país a tend�ncia tem sido para um aumento do trabalho de investiga��o, devido ao maior n�mero de inc�ndios com causas suspeitas. S� na Guarda houve uma diminui��o significativa, com uma redu��o de mais de uma centena de inc�ndios investigados: 303 em 2003 contra 201 em 2004. Enquanto em Viseu e em Castelo Branco o n�mero de inqu�ritos realizados em 2003 e 2004 foi praticamente o mesmo, cerca de 60 em Viseu e mais do dobro em Castelo Branco, j� nos distritos mais litorais de Leiria, Coimbra e Aveiro houve um acr�scimo de dezenas de inc�ndios suspeitos, de um ano para o outro. A colabora��o prestada por outras for�as de segurança, nomeadamente pela GNR e pela Pol�cia Florestal, quer na detecção de ind�cios dolosos, quer mesmo no apoio log�stico � enaltecida pelos respons�veis da PJ. H� locais de dif�cil acesso e, embora a Judici�ria possua viaturas todo-o-terreno, "em certos momentos nota-se a necessidade de haver mais, mas o trabalho nunca deixa de ser feito", garantem os respons�veis. O car�cter sazonal e imprevis�vel dos fogos florestais, o facto de ocorrerem v�rios simultaneamente e a dist�ncia entre eles, são factores que dificultam a rapidez da actua��o da PJ. Apesar do agravamento dos inc�ndios, Pedro do Carmo tranquiliza: "não h� um aumento exponencial dos que t�m origem criminosa e muito menos se confirma que os inc�ndios sejam provocados por raz�es econ�micas". "A motiva��o econ�mica surge com pouca frequ�ncia e não h� fundamento para que se generalize a opini�o que tende a atribuir a origem a interesses econ�micos obscuros", garante, recordando-se apenas de um caso, em Tondela, anterior a 2000, em que um conjunto de pessoas ligadas ao com�rcio de madeiras foi a julgamento devido a um inc�ndio florestal. Os testemunhos que d�o conta de "pôra-quedas incendi�rios" e outros artefactos para pegar fogo �s florestas preenchem o imagin�rio popular mas não tiram o sono aos investigadores. "não se confirma a exist�ncia de caso algum, embora não se possa excluir", esclarece o director da PJ. Na generalidade dos casos, descreve, o incendi�rio actua sozinho, motivado por vingan�a ou por raz�es f�teis são quase sempre homens, muitos deles com h�bitos alco�licos, baixa escolaridade e alguns com perturba��es mentais.
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