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– 06-06-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Inc�ndios: 6,1 milhões de euros para "salvar" Pinhal Interior SulCastelo Branco, 06 Jun Envolvendo c�maras, juntas de freguesia e produtores florestais, os projectos, em execução até 2008, abrangem os concelhos de Vila de Rei, Oleiros, Sert�, Proen�a-a-Nova (Castelo Branco) e Ma��o (Santar�m), mas no terreno ainda se v�em poucos resultados. Nos �ltimos tr�s anos, segundo as estatésticas da Direc��o Geral de Recursos Florestais, cerca de 48 por cento (91.117 hectares) da área total (190.480 hectares) daqueles cinco concelhos foi consumida pelas chamas, que s� em 2003 destru�ram 81.400. A área do Pinhal Interior Sul, que inclu�a aquela que chegou a ser considerada a maior mancha cont�nua de pinheiro bravo da Europa (e se estendia, igualmente, por 21 concelhos do chamado Pinhal Norte), está a ser alvo de interven��o, de modo a criar uma nova floresta, através do ordenamento do terreno, com plantação de especies diversificadas. Outras medidas em curso incluem a vigil�ncia contra inc�ndios com recurso a meios materiais e humanos e a criação de faixas de protec��o limpas de material combust�vel. "Uma floresta desordenada como a que existia, não � necessariamente boa" afirmou � Agência Lusa Ant�nio Gravato, director da Circunscri��o Florestal do Centro (CFC). Apesar da reflorestação daquela área ser ainda pouco vis�vel, o respons�vel da CFC avisa que a criação de uma nova floresta na regi�o "� um projecto de m�dio e longo prazo". "O resultado não �, nem pode ser, imediato. A silvicultura moderna imp�e uma floresta diferente, sustentada no ordenamento, com novas especies, e numa rede organizada [equipas de sapadores e t�cnicos florestais, entre outros] com capacidade t�cnica que d� respostas", disse Ant�nio Gravato. Segundo dados disponibilizados pela CFC foram investidos no Pinhal Interior 4,4 milhões de euros em 11 ac��es promovidas pelas autarquias e inclu�das no projecto Agris (Protec��o da Floresta Contra Inc�ndios). As iniciativas decorrem durante cinco anos (terminam em 2008), e incluem, entre outras, brigadas de vigil�ncia florestal, constru��o de caminhos, identifica��o de pontos de �gua, compra de viaturas ou limpeza de matérias combust�veis nos terrenos. Outra iniciativa do mesmo programa, destinada a organizações de produtores florestais, atribuiu, na zona do Pinhal Interior Sul, um total de 1,71 milhões de euros a cinco projectos destinados a custear recursos humanos, instala��o de equipamentos e aquisi��o de viaturas. H� Também a criação de gabinetes t�cnicos florestais das autarquias, que colaboram com organizações de produtores e propriet�rios de terrenos, nomeadamente na criação das Zonas de Interven��o Florestal (ZIF), áreas com um limite m�nimo de mil hectares, geridas pelas associa��es. O objectivo �, por exemplo, a plantação de especies que garantam retorno econ�mico. "[As organizações de produtores] pensam a floresta, representam o querer das popula��es e t�m o Estado como interlocutor", explicou Ant�nio Gravato. Alguns presidentes de C�mara da regi�o, contactados pela Lusa, assumem que em termos de reflorestação efectiva no terreno "pouco ou nada" � vis�vel. Sublinham, no entanto, a import�ncia de medidas de ordenamento, seja na exist�ncia de infra-estruturas ao nível. da preven��o e combate, seja na criação das ZIF dinamizadas pelas associa��es de produtores. A presidente da C�mara de Vila de Rei, Irene Barata (PSD) sustenta que "até agora" em termos de reflorestação "pouco ou nada foi feito" na regi�o. Em Vila de Rei arderam desde 2003 mais de 13 mil hectares (a quase totalidade dos quais h� tr�s anos), que representam 68 por cento da área total daquele munic�pio (19.160 hectares). O munic�pio de Vila de Rei, em colabora��o com a associa��o de produtores local, entregou ao Ministério da Agricultura, em Maio, a candidatura de duas zonas de interven��o florestal que totalizam 3.500 hectares. A autarquia possui igualmente um projecto, ainda não apresentado publicamente e que pretende candidatar a fundos comunitários, de reflorestação de uma outra área de 2.500 hectares, com recurso a especies como a nogueira ou cerejeira. A exist�ncia das Zonas de Interven��o Florestal � defendida pelo presidente da C�mara de Proen�a-a-Nova, Jo�o Paulo Catarino (PS), embora o autarca Também assuma que "na pr�tica, em termos de reflorestação, muito pouco � vis�vel até agora". "Mas � preciso dar tempo", sustentou, sublinhando encarar com "grande expectativa" a aplica��o no terreno do diploma que visa a implementa��o das ZIF. O autarca alertou que a criação de uma zona de interven��o florestal numa área onde predomina o minif�ndio � um processo "moroso e dif�cil", por ser necess�rio sensibilizar e unir vontades de centenas ou milhares de propriet�rios. "Mas acredito neste projecto que d� prioridade �s áreas ardidas", afirmou. Pouco menos de um teráo (14.394 hectares) da área total do concelho de Proen�a-a-Nova, (39.540 hectares) arderam nos �ltimos tr�s anos, a maioria em 2003 (13.958 hectares). "A maior parte do que ardeu era pinhal adulto. � necess�rio apostar no ordenamento desde o in�cio senão, daqui a uns anos, pode voltar a arder", avisou. Opini�o partilhada por Jos� Marques, Presidente da C�mara de Oleiros (PSD) concelho que viu arder em 2003 cerca de 20 mil hectares de pinhal. "Noventa por cento era pinhal grande que ardeu mas deu semente. A regenera��o espont�nea � mais eficaz que a sementeira, mas o ordenamento � imprescind�vel. Senão, daqui a pouco (os pinheiros) t�m quase um metro e um dia destes voltam a arder", alertou.
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