O projeto tem já 15 exemplares criados a partir de inseminação artificial ou de colocação de embriões.
Ao pé da sebe onde se encontram as vacas, o tratador dá estalinhos com a língua para as chamar. Uma vaca castanha aproxima-se do cercado. “É a Bonita”, explica. “Come ração, palha e o verde aí do campo, mas as vacas de outras raças comem mais do que esta”, adianta o senhor Ricardo.
A Bonita é um dos poucos exemplares da raça bovina algarvia existentes. Uma raça autóctone que nos anos 50-60 do século passado tinha cerca de 20 mil animais, hoje tem apenas 15, 12 fêmeas e três machos.”São caracterizados pela sua rusticidade, são animais que se adaptam ao nosso clima árido e eram utilizados essencialmente no trabalho”, esclarece o presidente da Associação de Criadores de Gado do Algarve (ASCAL).
Como o trabalho no campo tem apostado cada vez mais na maquinaria, a raça foi diminuindo a acabou por se extinguir. “Ela foi dada como extinta em 1980”, conta Rita Guerreiro, vice-presidente da ASCAL. No entanto, anos mais tarde “houve a possibilidade de fazermos o projeto de recuperação através dos recursos genéticos”, adianta. Foram buscar animais ao Alentejo que tinham […]