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– 27-04-2011 |
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Governos e empresas devem unir-se em ac��o conjunta para impedir a perda de florestaOs pol�ticos e l�deres empresariais precisam rapidamente de tra�ar uma meta ambiciosa para travar a perda da floresta, como parte dos esfor�os para conservar a biodiversidade e combater as mudan�as clim�ticas, segundo o novo relatério da WWF, "Florestas Vivas" (Living Forests). O primeiro cap�tulo do relatério Florestas Vivas, divulgado hoje, examina as causas da desflorestação e identifica as oportunidades de mudan�a nos neg�cios para um novo modelo de sustentabilidade, que pode beneficiar governos, empresas e comunidades. Baseado numa nova análise global que aponta para que mais de 230 milhões de hectares de floresta poder�o desaparecer até 2050 se nenhuma ac��o for tomada, o relatério prop�e que os respons�veis pol�ticos e as empresas se unam em torno de uma meta de desflorestação e degrada��o florestal zero (ZNDD), que deve ter o ano de 2020 como horizonte de refer�ncia mundial, para evitar as altera��es clim�ticas irrevers�veis e reduzir a perda de biodiversidade. "Estamos a desperdi�ar florestas por não conseguirmos resolver questáes pol�ticas vitais, tais como a governan�a e os incentivos econ�micos para mantermos a floresta viva", disse Rod Taylor, Director do Programa Florestas da WWF Internacional. Empresas e governos precisam das florestas O primeiro cap�tulo do relatério surge na altura em que os l�deres empresariais e pol�ticos se re�nem em Jacarta, na Indon�sia, para a Confer�ncia Global Neg�cios para o Ambiente (Business 4 Environment -B4E). A confer�ncia será dirigida pelo Presidente da República da Indon�sia, Susilo Bambang Yudhoyono. "Os duplos imperativos da desflorestação e degrada��o florestal zero (ZNDD) e o objectivo de fazer face � procura global crescente de materiais e energia constituem desafios e oportunidades de neg�cios para o sector de produtos florestais", afirma o documento da WWF. "Os produtos florestais são renov�veis e, quando provenientes de florestas naturais e plantações bem geridas, tendem a ter uma menor pegada do que as alternativas, como a�o e pl�stico, provenientes de fontes f�sseis." No primeiro dia da confer�ncia, as empresas de minera��o, silvicultura e de �leo de palma que operam na vizinha ilha de Born�u, iráo reunir-se no ambito do projecto da WWF Cora��o do Born�u: Rede de Neg�cios Verdes (Heart of Borneo Green Business Network). Na cimeira, a WWF vai apelar a que as empresas florestais adiram � Rede Global de Com�rcio e Florestas (GFTN – sigla em ingl�s); a organiza��o pretende desta forma e em parceria com o sector corporativo trabalhar na triplica��o da quantidade de madeiras certificadas pelo FSC (Forest Stewardship Council) da regi�o. Mais de 40% das florestas da ilha estáo sob a concessão do sector privado; cerca de 23% (6.000.000 hectares) está sob gestáo da ind�stria florestal. O Carrefour, retalhista l�der na Indon�sia, respondeu a este apelo, ao tornar-se membro da rede GFTN. A partir de hoje, os dois maiores fornecedores de lenãos de papel do grupo na Indon�sia, a PT Graha Kerindo Utama e a PT Graha Cemerlang Paper Utama estáo comprometidos com os neg�cios sustent�veis no ambito do Forest Stewardship Council (FSC). "A nossa ambi��o � simples e forte: tornarmo-nos o retalhista de prefer�ncia. Isso s� pode ser alcan�ado ao gerirmos os nossos neg�cios de retalho de uma forma respons�vel e sustent�vel", disse RM Adji Srihandoyo, o Director Corporativo da PT CARREFOUR. Cora��o de Born�u – um modelo de colabora��o Mais do que nunca, o sector corporativo está a trabalhar no caminho da gestáo florestal sustent�vel e os governos estáo a refor�ar os crit�rios de uso da terra e a desenvolverem incentivos econ�micos e fiscais na ilha, um dos lugares mais ricos em floresta do planeta. No terreno, a WWF e os seus parceiros locais estáo a desenvolver projectos-piloto para demonstrar a viabilidade destas abordagens. "No cora��o de Born�u, exemplos concretos de como funcionam estes sistemas estáo a surgir. A WWF Indon�sia reconhece que a sustentabilidade não ocorre do dia para a noite. Apelamos ao sector empresarial para se juntar a n�s e connosco dar os primeiros passos no caminho para uma economia verde e um futuro de baixo carbono, não apenas no Born�u, mas igualmente em Sumatra e Papua", disse Pak Efran, Director-executivo da WWF-Indon�sia. Actualmente, na ilha de Born�u, existe uma área de 220.000 km2 destinada � conserva��o e desenvolvimento sustent�vel chamada de Cora��o do Born�u, onde estas ideias estáo a ser postas em pr�tica. ZNDD não � uma barreira para as empresas de base florestal sustent�vel O objectivo de desflorestação e degrada��o florestal zero até 2020 significa que não existirá perda total da área florestal ou da qualidade da floresta e que uma nova plantação de monocultura não compensa a perda de floresta tropical intacta. O objectivo � que a perda de florestas naturais ou semi-naturais seja reduzida a quase zero, contra os actuais 13 milhões de hectares por ano, mantendo esse nível. por tempo indeterminado. Para entender o que isso significaria na pr�tica, a WWF desenvolveu o Modelo Florestas Vivas com o Instituto Internacional para análise de Sistemas Aplicados (IIASA), que constitui a base para o Relatério Florestas Vivas. Os projectos Modelo Florestas Vivas afirmam que a atitude "nada fazer" poderia conduzir � perda de mais de 230 milhões de hectares até 2050. "O Modelo Florestas Vivas mostra que a conserva��o das nossas florestas � poss�vel e urgente. Mas não será f�cil ", disse Taylor. Fazer a diferen�a agora e para 2050 "Uma melhor governan�a e incentivos econ�micos permitiráo retirar mais privil�gios das florestas e obter um uso mais produtivo da terra j� degradada", afirmou Taylor. "Isso garantiria terras agr�colas suficientes e plantações de �rvores e florestas bem geridas para fazer face � procura mundial actual de madeira e alimentos, sem a necess�ria perda das florestas." O relatério conclui que o objectivo zero relativamente � perda da floresta a longo prazo exigirá respostas face �s crescentes press�es sobre as mesmas, devido � procura de alimentos, materiais e combust�vel para uma popula��o crescente, que dever� atingir 9 bili�es de pessoas até 2050. "No curto prazo travar a desflorestação resume-se a uma melhor governa��o", advertiu Taylor, "mas como � medida que caminhamos para 2050, e uma vez que a previsão aponta para um aumento da popula��o além dos 9.000 milhões, teremos de cortar o consumo excessivo e o desperd�cio de alimentos e energia, e impulsionar a produtividade das explora��es agr�colas e florestais para manter a perda de floresta em quase zero ". Fonte: WWF
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