Na comparação com o programa do PS, o roteiro do executivo de António Costa para os próximos quatro anos de governação não tem grandes diferenças na Agricultura e no Mar. Mas os objectivos de segurança alimentar passam a estar nas metas para o sector primário.
Ao desígnio, lato, de “promover a sustentabilidade da agricultura e do território rural” que constava no programa do Partido Socialista para as últimas eleições legislativas junta-se agora no programa do Governo socialista reeleito a prioridade de “promover a autonomia estratégica alimentar”. O Governo mudou, recorde-se, a orgânica do ministério titular, que passa a ser da Agricultura e Alimentação, passando de agora em diante a associar as Pescas.
Sem nunca mencionar a guerra da Ucrânia nesta parte do texto, – referindo apenas que “a evolução da situação mundial desde o início da pandemia, e em particular os acontecimentos mais recentes, reforçam a centralidade desta matéria” – o programa do Governo, hoje conhecido, vem afirmar que “assegurar uma autonomia estratégica alimentar constitui uma prioridade política”.
Sobre a questão de como lá chegar é que a informação é mais rarefeita. Segundo o guião governamental aprovado em Conselho de Ministros esta quinta-feira, aquela prioridade “passará por uma actuação num plano global, de posicionamento no mercado global […]