As Forças Armadas executaram este ano 551 patrulhas de vigilância e deteção de incêndios e 66 missões de vigilância com drones, foi hoje divulgado no Centro de Meios Aéreos da Lousã, no distrito de Coimbra.
Num documento entregue aos jornalistas esta tarde, durante a visita do ministro da Defesa, atualizado à data de segunda-feira, verifica-se também que em 2024 já foram realizadas 74 ações de reconhecimento, avaliação e controle pelos dois helicópteros alocados ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR).
Durante todo o ano de 2023, os três ramos das Forças Armadas executaram 327 ações aéreas de reconhecimento, avaliação e controle e 204 missões de vigilância com drones, num total de 857 horas de voo, e 1.518 patrulhas de vigilância e deteção, tendo envolvido em todas as ações realizadas 5.707 militares.
“O Exército, a Força Aérea e a Marinha estão empenhadas nas ações de prevenção dos incêndios, que pelas tragédias do passado justificam este esforço”, garantiu o ministro Nuno Melo, que visitou, na Lousã, as capacidades militares da Força Aérea integradas no dispositivo de vigilância, deteção e apoio ao combate de incêndios rurais, acompanhado pelas cúpulas militares.
Em declarações aos jornalistas, o governante considerou irrealista Portugal pensar que alguma vez terá todos os meios necessários para assegurar que uma tragédia não aconteça devido aos incêndios florestais ou outra ocorrência.
“Acho que é uma utopia achar que alguma vez teremos todos os meios necessários para que uma tragédia não aconteça”, disse Nuno Melo aos jornalistas, garantindo que as Forças Armadas estão totalmente empenhadas para ajudar o país “neste desafio tão difícil” que é a prevenção de incêndios”.
Para o ministro da Defesa, Portugal está hoje mais bem preparado para evitar tragédias como as que ocorreram no passado.
Considerando que as Forças Armadas estão todos os dias à altura daquilo que lhes é pedido, o governante ressalvou que, num país do sul da Europa com as características de Portugal, “os meios nunca são suficientes”.
“Os meios são sempre insuficientes. Portugal é um país com uma imensidão de floresta, com um potencial de incêndio que é sempre relevante, mas tentamos aprender com os erros do passado para evitar outras tragédias equivalentes no futuro”, sublinhou.
No Centro de Meios Aéreos da Lousã, o ministro assistiu à operacionalização dos drones SANT, que atuam a partir de bases em Mirandela, Ota e Beja para vigilância e deteção de incêndios florestais e visitou os dois helicópteros alocados a ações de reconhecimento, avaliação e controle.
Durante a manhã, na Marinha Grandes, e após o acompanhamento de uma patrulha na mata nacional, o governante já tinha destacado o papel das Forças Armadas na prevenção e deteção dos incêndios rurais.
“Os militares não estão nos quartéis, estão todos os dias a trabalhar para o benefício das populações. Isso vale para a prevenção dos fogos, como vale para as ações de busca e salvamento, para a emergência médica, para o transporte de órgãos, para o combate ao tráfico de pessoas ou combate ao tráfico de drogas”, disse aos jornalistas.