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– 10-05-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Floresta: Governo avan�a com diagn�stico para avaliar mortalidade do montadoOurique, Beja, 10 Mai O diagn�stico da situa��o � uma das cinco medidas do programa de combate ao decl�nio dos montados, que foi hoje apresentado pelo secret�rio de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Rui Nobre Gon�alves, durante a inauguração da Feira de Garv�o, no concelho alentejano de Ourique (Beja). "H� mais de duas d�cadas que se fala de decl�nio do montado em diversas regi�es de Portugal, mas ainda não � conhecida a verdadeira dimensão do problema", explicou o governante, em declarações � agência Lusa. Para colmatar esta lacuna, o programa prev� a realiza��o de um diagn�stico da situa��o, aproveitando o Invent�rio Florestal Nacional, que a Direc��o-geral de Recursos Florestais está actualmente a desenvolver. O estudo, que dever� estar conclu�do "dentro de dois anos", pretende, através de fotografia aárea, "quantificar a mortalidade de sobreiros e azinheiras em Portugal e saber quais as zonas mais afectadas". De acordo com Rui Nobre Gon�alves, os montados constituem uma "riqueza insubstitu�vel" para Portugal e representam cerca de um milh�o de 200 mil hectares, dos quais 720 mil são de sobreiros e outros 440 mil de azinheiras. "Os montados geram riqueza em zonas ecologicamente hostis a outras especies florestais, que seriam quase desertos econ�micos na sua aus�ncia", afirmou. Actualmente, devido a diversos factores naturais e antropogúnicos, os montados revelam "�ndices preocupantes" de perda de vitalidade e de mortalidade anormais. Por estas raz�es, "o Governo decidiu implementar um conjunto de cinco medidas, tr�s pr�ticas, com aplica��o imediata, e duas cient�ficas, para a recupera��o da vitalidade dos montados de sobreiro e azinheira", explicou. além do diagn�stico da situa��o, de car�cter cient�fico, a primeira medida pr�tica assenta no "compromisso" da Direc��o-geral de Florestas acelerar as respostas aos pedidos de abate de sobreiros e azinheiras, prestando Também apoio t�cnico a estas ac��es. "O objectivo � diminuir o risco de cont�gio e dispersão das doen�as e pragas", explicou Rui Nobre Gon�alves, acrescentando que, por lei, os propriet�rios não podem abater nem remover, sem pr�via autoriza��o, sobreiros e azinheiras, mesmo quando as �rvores estáo agonizantes ou mortas. Por outro lado, continuou, o ministério, com o apoio do servi�o de Protec��o da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, irá refor�ar a vigil�ncia do montado. A terceira medida, relacionada com as pr�ticas silv�colas e agr�colas, prev� o lan�amento de um manual para "bem tratar os montados e povoamentos de sobreiro e azinheira". O documento, que dever� ser publicado até Outubro e será apresentando em Novembro durante a Feira do Montado em Portel (�vora), pretende, através de uma linguagem acess�vel, ajudar os produtores florestais a gerir os povoamentos de sobreiro e azinheira e a defend�-los de pragas, doen�as e inc�ndios. "A m� utiliza��o de maquinaria agr�cola, as m�s pr�ticas silv�colas e o excesso de gado, que fragilizam os solos e as �rvores facilitando a propaga��o de pragas e doen�as, t�m sido as causas apontadas para o decl�nio do montado", explicou Rui Nobre Gon�alves. "Estas explica��es não são consensuais entre a comunidade cient�fica", salientou, defendendo ser "importante avaliar, no terreno, o que está a acontecer, para perceber as causas e testar teorias sobre a morte do montado". Neste sentido, o programa prev� Também a criação de uma amostragem de cerca de 200 parcelas, onde seráo estudadas e confrontadas situa��es com n�veis anormais de mortalidade e outras em bom estado vegetativo. Desta forma, espera Rui Nobre Gon�alves, "será poss�vel comparar os dados e encontrar os factores e as raz�es que expliquem a mortalidade das azinheiras e dos sobreiros". Por �ltimo, uma vez que o decl�nio do montado não � um problema exclusivo de Portugal, o Ministério da Agricultura prev� ainda avan�ar com um projecto internacional de investiga��o, "para estudar e trocar experi�ncias sobre o decl�nio do montado". O "pontap� de sa�da" deste projecto dever� ser dado no final de Junho, com a realiza��o de um workshop, em �vora, que dever� contar com a presença de especialistas americanos, espanh�is, franceses, italianos, polacos e do Norte de �frica.
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