A faturação da Ervideira aumentou 13,2% para 1,37 milhões de euros no 1.º semestre deste ano, face ao período homólogo de 2023, anunciou hoje a empresa vitivinícola alentejana, situada em Vendinha, no concelho de Évora.
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a empresa congratulou-se com este resultado, conseguido “e contraciclo com o setor dos vinhos”.
Segundo a Ervideira, o crescimento deveu-se, “em especial, aos resultados alcançados pelas marcas Conde D’Ervideira, Vinho da Água e Invisível”, referências que “apostam no fator inovação a cada ano que passa”.
No canal Horeca (Hotéis, restauração e cafés), a Ervideira apresentou um crescimento de 12,4% e, quanto ao enoturismo, cresceu 15,5%, divulgou o produtor vitivinícola.
Estas são “percentagens que nos deixam muito orgulhosos e nos fazem acreditar que 2024 será um ano muito positivo, ao contrário do que o panorama mundial nos fazia acreditar”, argumentou o diretor executivo da empresa, Duarte Leal da Costa.
O mesmo responsável afiançou ainda que, apesar destes resultados alcançados no 1.º semestre de 2024, “nem tudo é um mar de rosas”.
“Há exigências que o mercado traz consigo que temos de enfrentar e ver a melhor forma de as combater”, reconheceu, destacando, contudo, que, no final dos primeiros seis meses deste ano, “os objetivos foram atingidos”.
Duarte Leal da Costa lembrou que, a nível mundial, o mercado dos vinhos tornou-se “excedentário, desde França até à Austrália, por diversas razões”.
“Por um lado, melhores técnicas vitícolas aumentaram a produção unitária, por outro, foram plantados muitos milhares de hectares de vinhas novas”, indicou.
A título de exemplo, o mesmo diretor executivo aludiu à região do Alentejo, onde “a área de vinha, de 1980 até aos dias de hoje, aumentou seis vezes, com uma produção em excesso de cerca de 20% ao ano, fator que é preciso ter em atenção”.
Em 2023, a Ervideira teve “um crescimento acentuado, em particular, no segmento do enoturismo, que se destacou e atingiu um crescimento ímpar de mais de 20%, face aos anos anteriores”, lembrou a empresa.
Atendendo aos resultados do 1.º semestre deste ano, “a tendência de crescimento mantém-se, deixando a marca muito otimista face aos resultados anuais”, frisou o produtor vitivinícola.
Esta é uma das empresas vitivinícolas seculares em Portugal, produzindo vinho desde 1880.
Atualmente possui um total de 110 hectares de vinha, distribuídos pelas sub-regiões de Vidigueira (60 hectares) e Reguengos de Monsaraz (50 hectares).
Ervideira fecha o primeiro semestre do ano com 1,37 Milhões de euros de faturação