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– 06-02-2004 |
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Estudo revela que gripe de 1918 teve maior relação com aves do que se julgavaA gripe que em 1918 matou 20 milhões de pessoas parece agora mais parecida com a gripes das aves do que se julgava, o que poderá ajudar a explicar o carácter invulgarmente mortífero daquele vírus, conclui um estudo científico. Este trabalho de investigadores dos Estados Unidos e Reino Unido, a publicar hoje pela revista Science, não tem implicações directas no actual surto asiático da gripe das aves, cujo vírus não parece capaz de infectar facilmente muitas pessoas. No entanto, as suas conclusões alertam para a importância de monitorizar a gripe nas aves domésticas, já que a investigação sugere serem precisas menos adaptações genéticas do que se julgava para um vírus aviário começar a propagar-se entre as pessoas. A investigação, realizada separadamente por cientistas no Scripps Institute em La Jolla, Califórnia, e no Medical Research Center do Reino Unido, recorreu a amostras de pulmões preservadas de vítimas da gripe de 1918 para reconstruir uma proteína crucial para a sua infecção. Várias estirpes de gripe propagam-se anualmente em todo o mundo, e ocasionalmente uma delas ganha força suficiente para matar seres humanos. É por isso que o estudo da gripe de 1918 poderá ajudar os médicos a reagir melhor quando um estirpe desse tipo aparece. Todos os vírus da gripe parecem ter origem em aves. Mas os cientistas julgavam que, para causarem epidemias humanas, os vírus tinham primeiro de passar das aves aos porcos para sofrerem as mutações genéticas necessárias a uma transmissão mais fácil aos mamíferos. Ora a actual gripe das aves asiática, causada pela estirpe H5N1, pode passar facilmente das aves para os seres humanos e já matou pelo menos 15 pessoas neste Inverno. Na maioria dos casos foi possível estabelecer um contacto directo com aves doentes, mas num caso não se exclui uma transmissão entre duas pessoas. Na nova investigação, os cientistas reconstruíram a estrutura tridimensional da hemaglutinina, uma proteína da superfície do vírus da gripe que lhe permite ligar-se e entrar nas células pulmonares. Mas a hemaglutinina dos vírus das gripes humana e das aves interagem com receptores celulares diferentes, o que dificulta a infecção das pessoas pelas aves. Os novos estudos mostram que a estrutura da hemaglutinina da gripe de 1918 se alterou para ser capaz de se ligar a células humanas, mantendo porém as características que se encontram sobretudo nos vírus das aves, não nas estirpes humanas ou dos porcos. Para o investigador britânico Sir John Skehel, a hemaglutinina do vírus de 1918 pertence a uma família diferente, chamada H1, da gripe das aves H5 que actualmente afecta a Ásia, pelo que a investigação não terá impacto imediato no actual surto de gripe das aves. No entanto, as propriedades dos receptores celulares consideradas importantes na gripe de 1918 podem apontar para zonas moleculares que precisam de vigilância especial para ser possível prever quando é que a eclosão de uma gripe aviária poderá ser mais perigosa para as pessoas.
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