Menos ignições e área ardida tiram-nos do pódio europeu das chamas. Mas é cedo para lançar foguetes
Os incêndios em Portugal continuam a depender muito da meteorologia. Disso não têm dúvidas vários especialistas contactados pelo Expresso. Se as temperaturas do ar e a humidade do solo não têm sido satisfatórias para quem tem estado de férias, sobretudo no litoral centro e norte do país, a realidade é que têm contribuído para que possamos assistir a menos ignições e menos área ardida em 2021. Pelo menos, até ao início desta semana.
Entre 1 de janeiro e 18 de agosto deste ano arderam 22.542 hectares de matos e floresta em Portugal, segundo dados brutos captados pelos satélites do Sistema de Informação de Fogos Florestais da União Europeia (EFFIS). Este número equivale a menos cerca de 60% da média de área ardida no mesmo período entre 2008 e 2020 no país. E, se compararmos com o que se tem passado com os nossos vizinhos europeus (ver gráficos) verificamos que por cá ardeu menos cerca de um terço do que em Espanha, de um quinto que a Grécia, e um sexto do registado em Itália, nestes oito meses e meio. […]