Os XI Encontros Vínicos do Vinho Verde regressaram a Viana do Castelo, este ano sob o mote Viticultura de Precisão e Eficiência Energética.
Na sessão de abertura foi reforçado por todos os intervenientes que o sector tem sido um dos mais resilientes, depois de um período durante o qual imperaram as restrições impostas pela pandemia e mais recentemente pela guerra e a crise de materiais.
Bento Aires, Presidente do Conselho Diretivo da Ordem dos Engenheiros (OERN) afirmou que é “importante valorizar o sector” e apontou a escassez de matérias primas como um dos grandes desafios para os próximos tempos. No entanto, acredita o presidente da OERN que a “Engenharia e os Engenheiros estão preparados e que há futuro onde há engenheiros”.
Já o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo relembrou a importância do Encontros Vínicos para o sector apontando a “enorme evolução sentida desde a primeira edição até agora, e o impacto que estes Encontros tiveram para produtores e também para a Viana do Castelo.”
Por outro lado Vítor Correia, Delegado Distrital de Viana do Castelo da OERN, lembrou que “Viana do Castelo para além de ser historicamente se orgulhar de ter sido o primeiro porto de exportação de vinho para Inglaterra pode agora, vários séculos depois orgulhar-se de trazer ao mundo da vinha e do vinho as novidades do conhecimento e da inovação.”
Vítor Correia lembrou também que este ano os Encontros Vínicos contaram com a colaboração como parceiros dos Colégios de Engenharia Civil, de Eletrotécnica e de Mecânica do Norte, para além dos habituais organizadores nomeadamente, a Câmara Municipal de Viana do Castelo, a Delegação Distrital de Viana do Castelo e o Colégio de Engenharia Agronómica – Norte, com a colaboração da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo.
Sandra Vicente, vice-presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, apontou que o “mercado mundial do vinho encontra-se em crescimento” e o “produtores souberam apostar nos seus vinhos e nas castas antigas” e por isso os “nossos vinhos são um sucesso internacionalmente”. No entanto, relembra a mesma responsável “temos de captar a atenção do consumidor, embora seja um desafio difícil”. A tónica deve estar na transformação digital nas empresas, porque “o sector vitivinícola é atento e resiliente”.
Já a Sessão de Encerramento foi conduzida pelo coordenador do Colégio de Engenharia Agronómica – Norte, Adelino Bernardo, que lembrou que “a organização dos Encontros Vínicos juntou este ano, e pela primeira vez, outros colégios da OERN (Civil, Mecânica e Eletrotécnica)” lembrando que a produção de vinho envolve muitas áreas da Engenharia. No mesmo painel também Luís Brandão Coelho, Diretor Regional Adjunto de Agricultura e Pescas do Norte, reiterou a importância da Engenharia e dos Engenheiros, elogiando o trabalho da OERN e lembrando a importância destes eventos para a promoção da região.
Durante o Jantar de Gala foram anunciados os grandes vencedores dos Prémios Vinho Verde do Ano da OERN 2022, nomeadamente, Quinta das Pereirinhas – Alvarinho de Monção e Melgaço Lda.; Agri-Roncão Vinícola, Lda.; Encontro das Fontes – Sociedade de Agroturismo Lda.; Simão Pedro de Vasconcelos Bacelar de Aguiã e Manuel da Costa Carvalho Lima & Filhos, Lda.
Antes do jantar houve ainda tempo para o curso de iniciação à prova de vinho, conduzido pelo Escanção Mor da Confraria do Vinho Verde, Manuel Vieira.
O artigo foi publicado originalmente em OERN.