O presidente do PSD vai ser o cabeça de lista da coligação Aliança Democrática (AD) às legislativas pelo círculo de Lisboa, enquanto o independente e ex-bastonário da Ordem dos Médicos Miguel Guimarães será o número um pelo Porto.
De acordo fonte oficial do PSD, o vice-presidente social-democrata Miguel Pinto Luz vai encabeçar a lista de deputados da AD por Faro e a antiga dirigente e governante social-democrata Teresa Morais por Setúbal.
Foram ainda anunciados outros dois independentes como cabeças de lista da coligação: Eduardo Oliveira e Sousa, ex-presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), por Santarém e a professora universitária de Ciência Política e Relações Internacionais Liliana Reis por Castelo Branco.
Esta será a primeira vez que Luís Montenegro, agora presidente do PSD e antigo líder parlamentar social-democrata, será cabeça de lista por Lisboa, já que entre a IX e a XIII legislatura foi sempre eleito por Aveiro, de onde é natural.
Também Teresa Morais, que foi vice-presidente de Pedro Passos Coelho, secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade do XIX Governo Constitucional e ministra da Cultura e da Igualdade no breve XX Governo, se vai estrear por Setúbal, já que, no passado, foi eleita uma vez por Coimbra e as três últimas por Leiria.
Os restantes cabeças de lista hoje anunciados pelo PSD vão estrear-se na Assembleia da República.
Em 2022, foram cabeças de lista pelo PSD (que concorria sozinho) o médico Ricardo Baptista Leite por Lisboa (que renunciou durante o mandato), pelo Porto a ex-candidata a líder da JSD Sofia Matos, por Faro o antigo autarca Luís Gomes (também renunciou), por Setúbal Nuno Carvalho (que já tinha anunciado que não seria recandidato a deputado), por Santarém a ex-vice-presidente de Rui Rio Isaura Morais e por Castelo Branco a professora Cláudia André.
Os Conselhos Nacionais do PSD e do CDS-PP vão reunir-se na segunda-feira à noite, mas enquanto os sociais-democratas têm na agenda a aprovação das listas de candidatos a deputados, os democratas-cristãos só incluíram na ordem de trabalhos “os critérios” das mesmas.
A 04 de janeiro, os órgãos máximos dos dois partidos já se tinham reunido para aprovar por unanimidade a coligação da AD, que valerá também para as eleições europeias de junho, e que já foi publicamente apresentada numa iniciativa no Porto, a 07 de janeiro.
Até agora, apenas foi confirmado que o CDS-PP terá dois lugares “claramente elegíveis” nas listas por Lisboa e pelo Porto (que deverão ser ocupados por Paulo Núncio e Nuno Melo, respetivamente), o 16.º em cada um desses círculos eleitorais, além do 10.º lugar na lista por Aveiro e o 11.º por Braga, ficando reservado para o PPM o 19.º lugar pela capital.
Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, em 07 de novembro, alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça.
A campanha eleitoral para as legislativas vai decorrer entre 25 de fevereiro e 08 de março.