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– 28-09-2002 |
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Douro : Imigrantes ainda não são solu��o para falta de m�o-de-obraVila Real, 27 Set Os trabalhos em todo o sector agr�cola de Tr�s-os-Montes e Alto Douro, e, neste momento, em particular nas vindimas da Regi�o Demarcada do Douro, estáo a ser cada vez mais dificultados pela falta de m�o-de-obra. Mira Godinho, respons�vel pelo Instituto de Desenvolvimento e Inspec��o das Condi��es de Trabalho (IDICT), disse hoje � Agência Lusa que os imigrantes de leste foram muitas vezes apontados como sendo a solu��o para combater a falta de trabalhadores no sector. No entanto, segundo salientou, ao contrário do que se esperava, o n�mero de imigrantes a trabalhar na agricultura em Tr�s-os-Montes e Alto Douro "� ainda muito reduzido". Dos 936 imigrantes legalizados no distrito desde Janeiro de 2001, apenas 52 estáo a trabalhar no sector agr�cola. O que, para o respons�vel, significa que os estrangeiros preferem trabalhar em sectores onde ganham mais dinheiro, como a constru��o civil, que absorve quase metade dos imigrantes regularizados no distrito. "Os propriet�rios agr�colas Também preferem m�o-de-obra mais barata, e � por isso que, durante as vindimas, se verifica que a maior parte dos trabalhadores são mulheres", referiu. Pelo seu trabalho de cortar os cachos de uva, as mulheres ganham 20 euros por dia, com direito a refei��o, e os homens, que t�m de carregar os cestos de uvas, recebem 40 euros, Também por dia. No Instituto de Emprego e Forma��o Profissional de Vila Real, durante o m�s de Junho, estavam inscritos 108 portugueses como trabalhadores rurais, no entanto, segundo Mira Godinho, a maior parte dos inscritos está apenas interessada em trabalhos sazonais, em países como Espanha, Fran�a e Su��a, onde ganham muito mais dinheiro. Actualmente, são j� muitos os grandes propriet�rios que contratam empreiteiros agr�colas para que estes efectuem todos os trabalhos de vindima. "A falta de m�o-de-obra obriga a que os propriet�rios procurem outras solu��es para a concretização do trabalho", frisou. O IDICT está a promover ac��es de inspec��o pelas grandes explora��es agr�colas do Douro e algumas adegas cooperativas da regi�o. Segundo Mira Godinho, a ac��o teve como objectivo controlar o trabalho de menores na agricultura, a m�o de obra ilegal e verificar o funcionamento das adegas. J� foram inspeccionadas 40 explora��es agr�colas do distrito, numa ac��o que envolveu inspectores das delega��es de Vila Real, Bragan�a e Aveiro. Durante a iniciativa, o IDICT apenas detectou uma explora��o agr�cola que tinha ao seu servi�o um menor de 15 anos, a qual será autuada numa multa que poder� variar entre os 1500 e 7000 euros, dependendo da sua dimensão, volume de factura��o e n�mero de trabalhadores. As explora��es de dimens�es mais reduzidas e as familiares não foram inseridas na inspec��o, porque, segundo Mira Godinho, nestas as vindimas são muitas vezes feitas apenas por familiares, vizinhos, reformados e amigos. "Durante a iniciativa encontramos apenas tr�s imigrantes, que estavam todos legais", referiu. O respons�vel disse ainda que um outro aspecto que está a ser levado em conta � o "peso das tradicionais cestas" que servem para carregar as uvas durante as vindimas. "Os cestos antigos chegavam a pesar mais de 50 quilos, o que hoje � impens�vel", frisou, acrescentando que o aconselhado � um peso m�dio de 20 quilos para os homens. Hoje verifica-se que os cestos, que ficam mais pesados com a chuva, são mais pesados e dif�ceis de reparar, estáo a ser substitu�dos por recipientes de pl�stico, de menor dimensão e menos peso. No ano passado, durante as inspec��es do IDICT foram detectadas muitas irregularidades nas adegas cooperativas da Regi�o Demarcada do Douro. Os inspectores tiveram em conta as zonas "mais perigosas" das adegas, nomeadamente os mecanismos de tritura��o das uvas, a utiliza��o de produtos qu�micos, o armazenamento, a protec��o das cubas, os aparelhos monta-cargas e a exist�ncia de instala��es sociais, como balne�rios e refeit�rios. "Este ano fomos averiguar se as irregularidades foram corrigidas e verificamos que a grande maioria das adegas cumpriu com o determinado pelo IDICT", concluiu.
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