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– 12-10-2011 |
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"Dizem-se muitos disparates sobre a agricultura"A Pol�tica Agr�cola Comum modernizou a agricultura portuguesa e promoveu a auto-sufici�ncia de alguns sectores, defendeu o ex-ministro da agricultura Sevinate Pinto, salientando que se dizem "muitos disparates" e se generalizou "uma ideia falsa" sobre a PAC. Na v�spera da apresentação das propostas legislativas sobre o futuro da PAC ap�s 2013, o antigo ministro de Dur�o Barroso desmontou "os disparates que se dizem" e salientou que, ao contrário, "da ideia negativa que os portugueses t�m sobre a agricultura", a produ��o aumentou, apesar de ter crescido Também o consumo. "Nos �ltimos vinte anos, aument�mos o consumo ‘per capita’ de hort�colas em 63 por cento, o de carne em 41 por cento e o de leite em 24 por cento. No entanto, alcan��mos praticamente a auto-sufici�ncia no sector do azeite e do arroz, exportamos leite e vinho e somos exportadores l�quidos de produtos hort�colas e horto – industriais, coisa que ningu�m imagina", sublinhou Armando Sevinate Pinto � Agência Lusa. "N�s nunca tivemos — nem antes da PAC nem depois da PAC – uma taxa de auto-sufici�ncia inferior a 70 por cento e diz-se exactamente o contrário", acrescentou. O engenheiro agr�nomo destacou que Portugal "não tem uma agricultura destru�da" e que a PAC ajudou a modernizar o sector e a ganhar efici�ncia e competitividade. "Temos exportação no sector florestal porque a PAC pagou, mas ninguém fala nisso", exemplificou. Assumindo-se como um "desalinhado", o antigo governante admite que a desigualdade a nível. das ajudas médias ao rendimento dos agricultores foi "uma das coisas mais injustas e penalizadoras" da Pol�tica Agr�cola Comum, mas quanto ao resto discorda "completamente" de quem diz que j� não existe agricultura em Portugal. "[A PAC] mete em Portugal cerca de 1300 a 1400 milhões de euros por ano de apoio � agricultura que jamais teráamos. O Estado praticamente não gasta nada com a agricultura. Antes de entrarmos para a PAC, gastava entre 40 a 50 por cento mais, em termos reais", afirmou. não conseguiu corrigir o valor das ajudas como desejava quando negociou a revisão intercalar da PAC em Junho de 2003 e acredita que o futuro não será muito diferente. "N�s recebemos 194 euros em média por hectare e a média europeia � de 268 euros. Somos dos países que menos recebe por hectare porque tivemos sempre um hist�rico negativo que pesou sobre n�s. A proposta para o futuro da PAC era de haver uma maior harmoniza��o, mas infelizmente j� não me parece t�o positiva", justificou. Para Armando Sevinate Pinto, a harmoniza��o � "insuficiente" e será feita de forma "muito lenta". "H� um sentimento desagrad�vel porque o in�cio da proposta foi bom, mas perdeu for�a provavelmente por causa dos l�bis e os l�bis contra a PAC são muito grandes", refor�ou. A nova PAC Também não deve trazer novidades em matéria de desligamento das ajudas � produ��o, contra o qual se bateu. "Estive sempre contra e toda a gente sabe que me bati para que isso não fosse poss�vel. Mas, nessa altura, todas as pessoas que agora falam contra a PAC defendiam o desligamento, sobretudo os socialistas, que defendiam fortemente o desligamento e conseguiram avan�ar, apesar de termos minorado os efeitos", recordou. Fonte: Lusa
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