O professor universitário Joaquim Poças Martins defende que a dessalinização tem de ser colocada em prática. Já o ex-bastonário da Ordem dos Engenheiros defende o o transvase da água.
A seca está já espalhada por grande parte do território continental português e cada vez mais se fala em soluções para minimizar o impacto da falta de água. A construção de centrais de dessalinização é uma das soluções para mitigar o problema com a escassez de água.
Em novembro, o Governo anunciou a construção de uma infraestrutura deste género, no Algarve, que deverá estar pronta em 2026. O professor universitário Joaquim Poças Martins defende que esta solução tem de ser colocada em prática e sublinha que o custo da água vinda de uma central de dessalinização já é equivalente ao custo da água corrente.
“A dessalinização tem custos significativos e só aparece quando outras soluções mais baratas não são exequíveis ou não há mesmo. Por exemplo, quando não chove não há solução. As barragens que existem não têm capacidade suficiente, esgotam-se e também deixam de ser uma solução. A dessalinização é uma origem de água infinita e totalmente garantida. Há uns anos os custos eram muito mais elevados. Com o tempo, os custos têm vindo a baixar. Em Israel e em Singapura conseguem dessalinizar a um preço de cerca de 50 cêntimos por metro cúbico. É um valor, por exemplo, corrente em Portugal, pelo qual as empresas do grupo Águas de Portugal vendem aos municípios. Uma família gasta cerca dez metros […]