Os vinhos Quinta da Costa das Aguaneiras tinto 2018 e Vinha do Sobreiro tinto 2016 – este último uma nova aposta do produtor duriense, com estreia no ano passado – foram os dois DOC Douro da Lavradores de Feitoria agraciados com subida ao palco da entrega de prémios da 10.ª edição do Concurso Vinhos de Portugal, onde foram distinguidos com Medalha(s) de Grande Ouro. Um feito e um privilégio atribuído a apenas 35 dos 1385 vinhos em competição nesta iniciativa da ViniPortugal, realizada ao longo de vários dias e com um painel de 139 jurados, dos quais 21 internacionais.
O Quinta da Costa das Aguaneiras tinto 2018 (€25,00) é um vinho onde a Touriga Nacional é abraçada pela Tinta Roriz, pela Touriga Franca e por uma complexa mistura de castas autóctones, plantadas em Vinhas Velhas. Com fermentação em lagares de granito e estágio em barricas de carvalho francês novas, durante um ano, é um vinho cheio e poderoso. Uma homenagem aos típicos tintos do Douro: encorpados, com fruta madura, complexidade, estrutura e capacidade de evolução. Um tinto de cor vermelha viva, intensa e profunda. No nariz, é bastante frutado, intenso e complexo. Salientam-se aromas de fruta vermelha madura – como amora, ameixa e ligeiro cassis – e notas de frutos secos e baunilha, provenientes do seu estágio em madeira. No paladar, a primeira sensação é de frescura, plena de fruta e equilíbrio. Com taninos suaves, apresenta uma boa acidez e uma excelente estrutura, que lhe proporcionam um bom final de boca fresco e longo. Promete longevidade.
Lançado em estreia no ano passado, as uvas do Vinha do Sobreiro tinto 2016 (€25,00) têm origem na Quinta de Pias, em Celeirós, no vale do Pinhão, sub-região do Cima Corgo. As videiras têm entre 30 e 40 anos e estão plantadas a cerca de 400 metros de altitude e exposição a norte. Com vinificação em lagar e estágio em barricas de carvalho francês novas, durante 12 meses, é um tinto com fruta madura, quase compotada, mas com uma grande frescura, que enaltece a delicadeza e a beleza da Touriga Franca, a casta que lhe imprime um lado floral e frutado, balanceado com a estrutura da variedade Tinto Cão e a rusticidade da Tinta Roriz. No copo, apresenta-se com uma cor vermelha viva e um nariz fino, elegante, floral e frutado. É possível notar a madeira, muito discreta e bem integrada, que contribui para a sua complexidade e enriquecimento aromático. Na boca, este tinto demonstra-se equilibrado e repleto de notas aromáticas, que lembram frutos vermelhos maduros. Tem uma acidez viva, mas equilibrada, taninos suaves e um final bastante longo e muito agradável. Um tinto elegante e complexo, que se revela uma boa companhia para a mesa, com peixes gordos e pratos de carne, da branca à vermelha.
Fonte: Lavradores de Feitoria