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– 04-05-2012 |
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Desequil�brio entre produtores e distribuidores deve-se � concentra��o das grandes superf�cies
A presidente do Observatério dos Mercados Agr�colas, Maria Ant�nia Figueiredo, afirmou hoje que o desequil�brio entre produtores e distribuidores se deve ao excesso de concentra��o das grandes superf�cies, que t�m um "enorme poder para negociar os pre�os". O Observatério dos Mercados Agr�colas e Importa��es Agro-Alimentares (OMAIAA) comparou a diferen�a entre os pre�os de quatro produtos agr�colas (cenoura, pôra-rocha, ma�� e alface) pagos ao produtor e pagos pelo consumidor, no m�s de Março, concluindo que as margens de comercializa��o dos hipermercados rondam os 50 por cento. Uma situa��o que, segundo Maria Ant�nia Figueiredo, ocorre em todos os países europeus e que está a merecer a aten��o da Comissão Europeia, que está a analisar formas de impor mais regras no relacionamento entre produtores e distribuidores. "Verifica-se um grande desequil�brio entre a produ��o e a distribui��o e a Comissão Europeia come�a a pôr esta questáo na agenda. Este fen�meno existe em todos os países europeus porque cada vez mais as grandes superf�cies estáo muito concentradas, e isso d�-lhes enorme poder para negociar os pre�os", comentou a respons�vel do Observatério. Maria Ant�nia Figueiredo acrescentou que "tem havido um aumento significativo dos custos para os agricultores que não foi acompanhado da subida dos pre�os", destacando a necessidade de acompanhar a evolu��o dos pre�os. "A �nica maneira de perceber como � distribu�do o rendimento ao longo da cadeia alimentar � sabendo os pre�os", afirmou. Uma tarefa que � dificultada pela falta de informação do Ministério da Economia, que não disponibilizou dados sobre os pre�os ao consumidor, tendo sido directamente recolhidos pelo Observatério. Nas quatros semanas de Março analisadas pelo OMAIAA o pre�o pago � produ��o aumentou ligeiramente, enquanto os pre�os ao consumidor diminu�ram, encolhendo Também as margens de comercializa��o dos distribuidores, que ainda assim ultrapassam quase sempre os 50 por cento. O caso da alface � o mais flagrante, j� que o produto rende apenas 0,38 c�ntimos ao agricultor e � vendido a 1,78 euros, garantindo uma margem de comercializa��o de 78 por cento. As cenouras são compradas a 0,32 c�ntimos e vendidas a 0,70 c�ntimos, proporcionando uma margem de 55 por cento, enquanto as ma��s são pagas a 0,59 c�ntimos ao produtor e custam 1,34 c�ntimos ao consumidor (margem de 56 por cento). S� no caso da pôra-rocha a margem de lucro desce para 37 por cento, j� que a fruta � adquirida a 0,65 c�ntimos e chega �s prateleiras dos supermercados a 1,04 euros. O OMAIAA foi criado pela Assembleia da República com o objectivo de publicar informações que permitam analisar a situa��o e evolu��o dos mercados agr�colas e da balan�a agro-alimentar, recolher informação sobre controlo de qualidade e normas higieno-sanit�rias das importa��es agro-alimentares e formular propostas de pol�ticas de controlo e fiscaliza��o das importa��es e de promo��o da produ��o nacional. Fonte: Lusa
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