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– 09-11-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Desenvolvimento: Falta de �gua pot�vel mata 1,8 milhões de crian�as por anoLisboa, 09 Nov Em conjunto, a �gua impr�pria para consumo e o mau saneamento constituem a segunda maior causa mundial de mortalidade infantil. O documento do Programa das Na��es Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) intitulado "A �gua para além da escassez: poder, pobreza e a crise mundial da �gua" revela que as cerca de 1,8 milhões de crian�as que morrem todos os anos equivalem � popula��o com menos de cinco anos a viver nas cidades de Nova Iorque e Londres. A diarreia, por exemplo, provoca 4.900 mortes por dia, um n�mero seis vezes maior do que a média anual de mortes em conflitos armados nos anos 90. "Nenhum acto de terrorismo gera uma devasta��o econ�mica � escala da crise da �gua e do saneamento, no entanto a questáo mal � aflorada na agenda inter nacional", revela o documento a apresentar hoje na Cidade do Cabo, �frica do Sul . Segundo o relatério, h� poucos países a tratar a �gua e o saneamento como uma prioridade pol�tica. A �gua pot�vel e o saneamento poupariam as vidas de inúmeras crian�as, promoveriam o progresso na educa��o e libertariam as pessoas de doen�as que as mant�m na pobreza. No in�cio do s�culo XXI, a �gua não pot�vel � a segunda maior causadora de morte infantil em todo o mundo e todos os dias milhares de mulheres e raparigas recolhem �gua para as suas fam�lias, um ritual que refor�a as desigualdades de g�nero em termos de emprego e de educa��o. Hoje cerca de 1,1 mil milhões de pessoas dos países em desenvolvimento t�m um acesso inadequado � �gua e 2,6 mil milhões não disp�em de saneamento b�sico. Estes dois d�fices, revela as Na��es Unidas, t�m a sua origem nas instituições e nas escolhas pol�ticas, não na disponibilidade da �gua. Na verdade, adianta, existe no mundo uma tremenda desigualdade no acesso a �gua pot�vel e ao saneamento a nível. dom�stico. A maioria dos 1,1 mil milhões de pessoas sem acesso � �gua pot�vel utiliza cerca de cinco litros por dia – um d�cimo da quantidade média di�ria usada n os países ricos para puxar o autoclismo. Em média na Europa, as pessoas usam mais de 200 litros e nos Estados Unidos mais de 400 litros. Quando um europeu puxa o autoclismo ou quando um americano toma banho utiliza mais �gua da que � disponibilizada a centenas de milhões de indiv�duos que vivem em bairros degradados ou zonas �ridas do mundo em desenvolvimento. As torneiras que pingam nos países ricos desperdi�am mais �gua do que a que está disponível. diariamente para mais de mil milhões de pessoas. Segundo o relatério, o mundo tem �gua mais do que suficiente para fins dom�sticos, para a agricultura e para a ind�stria, o problema � que, algumas pessoas – nomeadamente as pessoas carenciadas – são sistematicamente exclu�das do a cesso pela sua pobreza, pelos seus reduzidos direitos legais ou por pol�ticas públicas que limitam o acesso �s infra-estruturas que fornecem �gua para a vida e para a subsist�ncia. Uma realidade que leva as Na��es Unidas a constatar que a comunidade internacional fracassou nesta área. Superar a crise da �gua e do saneamento constitui um dos grandes desafios do desenvolvimento humano no in�cio do s�culo XXI e faltam menos de dez anos para a data-alvo de 2015 para atingir os objectivos de desenvolvimento do mil�nio – as metas temporais da comunidade internacional para reduzir a pobreza extrema e a fome, diminuir a mortalidade infantil, proporcionar educa��o �s crian�as e ultrapassar as desigualdades de g�nero.
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