O primeiro comércio da aldeia de Gimonde, em Bragança, foi o ponto de partida para a criação da Bísaro – Salsicharia Tradicional, marca reconhecida pela qualidade dos seus produtos de porco transmontano. Alexandrina Fernandes faz parte da terceira geração desta empresa familiar e promove a sua matriz identitária a nível nacional e internacional. “Da Terra à Mesa” é um projeto Boa Cama Boa Mesa que dá a conhecer os produtos portugueses a partir de histórias inspiradoras e de sucesso, desde a produção até ao consumidor, em casa ou no restaurante.
Localizemo-nos no tempo: 1935. E no espaço: Gimonde, em pleno Parque Natural de Montesinho, Bragança, onde a Bísaro – Salsicharia Tradicional nasceu, cresceu e se tornou o que é hoje. “A empresa foi fundada pelos meus avós, que saíram de Carção, no município de Vimioso, e abriram o primeiro comércio da aldeia, com produtos agrícolas, e uma pequena área de refeições. A minha avó era uma excelente cozinheira”, conta Alexandrina Fernandes, 40 anos, atual responsável, com o irmão, Alberto João Fernandes, 39, ambos jovens agricultores, e o pai, Alberto António Fernandes.
“O meu pai foi estudar zootecnia na UTAD, em Vila Real, e ficou com o bichinho do porco. Na altura tinha amigos que eram veterinários e que lhe falaram que a raça bísara estava praticamente extinta e que era importante tentar preservá-la.” Nos anos 70, chegaram a ter um matadouro de porco, “quer bísaro, quer porco normal”, e abriram um talho em Bragança, “a pedido de várias pessoas que visitavam a taberna e provaram os enchidos que a minha avó fazia”, lembra.
Depois, começou o boom da grande distribuição e a Bísaro forneceu “o primeiro continente que abriu em Portugal, em Matosinhos”, há 37 anos. O fumeiro ganhou fama, as solicitações aumentaram e […]