Com o objetivo de evitar a rutura das cadeias de abastecimento e face ao aumento dos custos, o grupo Cerealis, o maior no país a produzir massas e bolachas, decidiu assegurar o stock de matérias-primas e subsidiárias, para fazer face ao aumento da procura de certos alimentos.
João Paulo Rocha, diretor de comunicação da empresa, referiu que a “escassez de determinados produtos, nomeadamente, o óleo de girassol será inevitável”. No entanto, garantiu que várias empresas estão já focadas em encontrar mercados alternativos, com os Estados Unidos e a Argentina a serem fortes opções.
Para que se tenha uma ideia, o preço do trigo aumentou 35% desde o início do conflito, contudo existem outros fatores que têm condicionado o normal funcionamento deste mercado. A energia e as embalagens têm vindo a colocar pressões extremas ao nível dos custos e fornecimento.
No que diz respeito à energia, a situação já se vem a verificar desde julho do ano passado. João Paulo Rocha revela que, neste momento, a empresa tem pagado pela energia, gás e eletricidade quatro vezes mais do que nos últimos anos. Já nas embalagens, o efeito da elevada procura online nos períodos pandémicos, e os custos recorde do petróleo provocam a escalada dos preços mês após mês. Segundo as informações de alguns dos fornecedores da Cerealis esta tendência inflacionista continuará a verificar-se.