Alta, esguia e sempre-verde, a criptoméria é uma conífera também conhecida como cedro-japonês, nome que não deixa dúvidas sobre a sua região de origem. A espécie é natural do Japão e sul da China, crescendo em regiões húmidas e amenas. Com condições semelhantes, esta exótica prosperou em todas as ilhas açorianas e é atualmente a espécie florestal mais importante para o emprego e a economia da região.
A madeira da criptómeria, a sua casca e folhas são bem mais úteis do que se pensava quando chegou ao arquipélago.
O género Cryptomeria inclui-se na família botânica Cupressacea, à qual também pertencem os zimbros, ciprestes e falsos-ciprestes, sequoias e tuias. Esta família é constituída por árvores e arbustos que produzem resina (resinosos) e que são geralmente aromáticos. A mesma família tem espécies em que as flores masculinas e femininas estão presentes numa mesma árvore (espécies monoicas), como é o caso da criptoméria, e outras espécies em que as flores de cada sexo estão em árvores diferentes (espécies dioicas), como acontece nos zimbros. Em ambos os casos, os órgãos reprodutores têm forma de pinha.
A criptoméria é uma árvore que pode elevar-se aos 70 metros, com uma copa que lembra uma pirâmide, forma que se deve à dimensão dos seus ramos, mais pequenos à medida que aumenta a altura da árvore.
As suas folhas, de um tom verde-azulado, permanecem todo o ano (espécie perenifólia ou de folha perene) e têm a forma de agulhas, com cerca de um a dois centímetros. Estas pequenas agulhas envolvem os ramos numa espiral, curvando-se e diminuindo de dimensão até à extremidade do ramo.
O artigo foi publicado originalmente em Florestas.pt.