O anúncio foi feito durante uma conferência de imprensa na sede da Comissão Europeia, em Bruxelas, na qual Von der Leyen apresentou, um a um, os seus 26 comissários (o Reino Unido, que deverá deixar o bloco europeu em 31 de outubro, na véspera da entrada em funções do novo executivo, não designou candidato) e respetivas pastas.
Elisa Ferreira trabalhará de perto com o vice-presidente executivo Frans Timmermans, que supervisionará o trabalho da comissária da Coesão e Reformas, assim como dos comissários responsáveis pela Agricultura, Saúde, Transportes, Energia e Ambiente e Oceanos.
Os comissários designados serão sujeitos a audições no Parlamento Europeu, perante a comissão parlamentar competente, o que deverá acontecer no início de outubro, com a assembleia europeia a pronunciar-se sobre o colégio no seu conjunto numa votação prevista para 22 de outubro, em Estrasburgo.
A nova Comissão Europeia deverá entrar em funções em 1 de novembro próximo, depois do necessário aval da assembleia europeia.
Elisa Ferreira, 63 anos, foi ministra dos governos chefiados por António Guterres, primeiro do Ambiente, entre 1995 e 1999, e depois do Planeamento, entre 1999 e 2002, foi eurodeputada entre 2004 e 2016, tendo ocupado desde setembro de 2017 o cargo de vice-governadora do Banco de Portugal.
A futura comissária, a primeira mulher portuguesa a integrar o executivo comunitário desde a adesão de Portugal à comunidade europeia (1986), sucederá a Carlos Moedas, que foi comissário indicado pelo anterior governo PSD/CDS-PP, e que teve a seu cargo a pasta da Investigação, Ciência e Inovação e foi nomeado em novembro de 2014.