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– 13-05-2003 |
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Cereja : Produção em Resende cai 60 a 70% em ano "catastr�fico" para a regi�oPorto, 12 Mai A c�mara de Resende prev� ainda um aumento de 30 a 50 por cento nos pre�os devido � redu��o da oferta. "Praticamente não temos cereja", afirmou � Lusa o vereador do Fomento Rural da autarquia e presidente da Associa��o de Agricultores de Resende, explicando que a chuva e a geada que assolaram a regi�o em Fevereiro e Março impediram a forma��o da cereja, motivando uma quebra média de 60 a 70 por cento na produ��o. As cerejas de Resende são as primeiras a ficar maduras na Europa devido �s condi��es climatéricas da regi�o e �s caracterásticas do solo da encosta sobranceira ao Douro. Contudo, salientou Rui Coelho, "h� situa��es de várias localidades tradicionalmente produtoras de cereja em que a quebra de produ��o anda muito próximo dos 100 por cento e a perda � quase total". Destacando o previs�vel "decréscimo significativo no rendimento dos produtores", muitos dos quais "dependem exclusivamente" da produ��o da cereja, o autarca alerta que será uma "situa��o muito complicada" e com "consequ�ncias quase irrevers�veis". � que, frisa, "80 por cento do concelho vive essencialmente da agricultura", designadamente da produ��o de cereja. A quebra de produ��o terá ainda impacto ao nível. da contrata��o de m�o-de-obra sazonal para apanha da cereja, que de Julho a Agosto tem "bastante expressão" na regi�o. "Os produtores recorrem muito a este tipo de m�o-de-obra, pelo que Também a esse nível. se vai notar um grande decréscimo", previu, referindo haver explora��es "que nem sequer v�o apanhar cereja porque dada a reduzida quantidade o pre�o da m�o-de-obra � superior � receita da venda". Apela, por isso, para que "os governantes sejam sens�veis � situa��o" e para que o ministério da Agricultura conceda apoios extraordin�rios aos produtores da regi�o. De acordo com Rui Coelho, o concelho de Resende tem, em condi��es �ptimas, uma produ��o potencial de 2.500 toneladas, equivalente a um volume de vendas na ordem dos 4,4 milhões de euros. Em 2002, ano considerado "bastante razo�vel", a produ��o foi de duas mil toneladas, prevendo-se que este ano caia entre 60 a 70 por cento, para n�veis quase 80 por cento inferiores � produ��o potencial. "Este ano consideramos que houve uma calamidade agr�cola", afirmou, assegurando que a situa��o � verdadeiramente "catastr�fica". Com a quebra na produ��o, embora em menores n�veis, a estender- se �s regi�es da Cova da Beira (Fund�o), respons�vel por 50 por cento da produ��o nacional, e de Alf�ndega da F�, Rui Coelho p�e de lado qualquer possibilidade de exportação e prev�, mesmo, "s�rias dificuldades" em abastecer o mercado interno. "não haver� oferta e isso vai-se notar com certeza nos pre�os", estima, avan�ando com um aumento previs�vel na ordem dos 30 a 50 por cento. No caso de Resende, apesar de não chegarem a 10 por cento da produ��o total, as exporta��es davam j� os primeiros passos, sobretudo fruto da iniciativa de "dois ou tr�s produtores" que, segundo Rui Coelho, "alugaram avi�es para exportar para a Su��a e It�lia". Contudo, frisa o vereador, � patente no concelho uma "grande falha na vertente da comercializa��o", em grande parte porque os agricultores são "algo avessos ao associativismo". "Preferem actuar de forma individual e, depois, não t�m dimensão suficiente [para se afirmarem]", lamentou, garantindo que "h� mercado l� fora" para a cereja portuguesa e que esta � "uma vertente que terá de ser explorada". Apesar do "ano catastr�fico", o autarca garante estar mais do que assegurada a realiza��o do II Festival da Cereja de Resende, j� no domingo, que pretende ser uma homenagem ao produto natural mais conhecido do concelho, com a presença de cerca de 100 vendedores e produtores e várias toneladas de cerejas.
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