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– 28-06-2003 |
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Casa do Douro considera ofensa Governo pagar s� um teráo dos sal�rios em atrasoPeso da R�gua, 27 Jun "Os 250 mil euros não resolvem coisa nenhuma e n�s sentimo-nos agredidos por essa situa��o", indignou-se Manuel Ant�nio Santos, ap�s uma reuni�o do Conselho Regional de Vitivinicultores, que decorreu hoje no Peso da R�gua. No in�cio do m�s foi assinado em Lisboa, um protocolo entre a Casa do Douro, Governo e Associa��o de Empresas de Vinho do Porto, através do qual se deu o primeiro passo para o saneamento financeiro da instituição duriense com o compromisso de compra, por parte dos exportadores, de 37 mil pipas de vinho durante os próximos 15 anos. Na altura, ficou definido que o Governo ficaria disponível. para adiantar � Casa do Douro o dinheiro correspondente aos serviços que a instituição irá prestar ao novo organismo regulador, o Instituto do Vinho do Porto e Douro, verbas essas que seriam canalizadas para pagar as d�vidas mais urgentes. S� que a proposta do Governo de ceder apenas 250 mil euros ao organismo representativo da lavoura duriense � considerada pelo presidente da Casa do Douro e conselheiros do Conselho Regional de Vitivinicultores como uma "ofensa". Apesar de se sentirem "agredidos" com esta situa��o, os conselheiros decidiram que "qualquer verba que a Casa do Douro consiga angariar será entregue aos trabalhadores da instituição". Segundo Manuel Ant�nio Santos, as d�vidas da Casa do Douro aos trabalhadores ascendem j� a cerca de 600 mil euros, correspondentes a tr�s meses sem vencimento, designadamente Maio, Junho e subs�dio de f�rias. A instituição possui ainda d�vidas relativas ao seguro dos vinhos, 196 mil euros, prazo que termina no final de Junho. Acrescem ainda as d�vidas � Seguran�a Social dos �ltimos seis meses, porque, segundo Manuel Ant�nio Santos, "não houve capacidade para angariar mais dinheiro do que o produto l�quido dos vencimentos dos trabalhadores". Para o dirigente, "como o Estado � respons�vel pela situa��o a que chegou a instituição, tudo aquilo que se lhe deve fica em segundo plano". "Os 250 mil euros não d�o para nada e não sabemos quando � que eles viráo e se � que viráo", frisou. Admitiu, no entanto, que a "Casa do Douro não está em condi��es de recusar seja o que for". Enquanto decorria a reuni�o do Conselho Regional de Vitivinicultores, alguns funcion�rios concentraram-se � porta do Armaz�m 28 da Casa do Douro, queixando-se das dificuldades econ�micas que atravessam. "Verificam-se j� casos de muitas fam�lias com, alguns dificuldades econ�micas muito graves e até alguns casos de fome, em situa��es em que os dois c�njuges trabalham na Casa do Douro", afirmou � Lusa o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), Jos� Abra�o. Para protestar contra os tr�s meses de sal�rios em atraso e exigir a resolu��o dos problemas da instituição da lavoura duriense, os trabalhadores v�o promover hoje uma vig�lia nocturna em frente � sede da Casa do Douro. Na pr�xima teráa-feira, seráo discutidos na Assembleia da República os projectos do Governo para o Douro, designadamente os novos estatutos, regulamentação eleitoral e protocolo para o saneamento financeiro da Casa do Douro, e ainda o fim da Comissão Interprofissional da Regi�o Demarcada do Douro e reformula��o do Instituto do Vinho do Porto. As negocia��es entre o Governo e a Casa do Douro decorrem desde os �ltimos meses do ano passado, altura em que o Estado se prontificou a assumir a d�vida de 82,25 milhões de euros da Casa do Douro perante a banca, referente a um empr�stimo avalizado pelo Estado. No entanto, para Manuel Ant�nio Santos, "as negocia��es tardam, não se v�m resultados de tudo isto e o único resultado vis�vel � a asfixia financeira da Casa do Douro a um tal grau de profundidade que não tem as m�nimas condi��es de funcionamento".
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