Associações do sector dizem que decisão tomada 15 dias antes da abertura oficial da época da caça causou avultados prejuízos.
As três principais associações portuguesas do sector da caça dizem que vão colocar o Estado português em tribunal para reclamarem “os prejuízos financeiros” causados pela proibição da caça à rola-comum, anunciada “um pouco mais de uma semana” antes da abertura da caça a esta espécie cinegética, que estava agendada para o dia 15 deste mês.
A Associação Nacional dos Proprietários Rurais (ANPC), a Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses (CNCP) e a Federação Portuguesa de Caça (Fencaça) lembram que o Governo tinha indicado ao sector, por portaria publicada a 10 de Maio de 2021, que em Portugal, “no que respeita à rola-comum”, a sua caça era permitida “nos dias 15 e 22 de Agosto e nos dias 5 e 12 de Setembro de 2021, durante o período da manhã, até às 13 horas”.
Só que, no passado dia 30 de Julho, o Governo anunciou que, afinal, a caça a esta espécie estava proibida. “Com base na publicação do calendário venatório, a 10 de Maio, foram feitos investimentos avultadíssimos pelas entidades gestoras das zonas de caça, que agora acabaram deitados ao lixo por uma proibição tomada 15 antes de se iniciar a caça a esta espécie. O Estado tem de se responsabilizar pelos prejuízos avultadíssimos”, disse ao PÚBLICO Jacinto Amaro, presidente da Fencaça.
O risco de extinção da rola-brava em Portugal e por toda a Europa, protegida no âmbito da Directiva Aves (2009/147/CE), fundamentou a decisão da proibição deste tipo de […]